O desafio da educação de bebês e crianças durante a pandemia

O ano de 2020 acabava de iniciar e Antonio Alexandre Brandi como tantos outros empreendedores e empresários do Brasil, iniciava uma nova empreitada cheio de sonhos, planos e expectativas, sobretudo porque no seu caso, seu projeto era a formação de cidadãos, uma escola de Educação Infantil que abria as portas com apenas seis aluninhos na faixa etária dos seis meses a seis anos de idade.

Algum tempo depois, em março, veio a pandemia do coronavírus e aí todos já sabemos o que aconteceu. O mundo praticamente parou. E a Escola, batizada de Jardins de Monet, então com 32 alunos, fechou (temporariamente).

Reabriu tempos depois com autorização dos governos Estadual e Municipal uma vez que atendia poucas crianças e tinha muito espaço físico. “Era um espaço importante para atender as famílias precisavam trabalhar e não tinham com quem deixar as crianças”, lembra Antonio.

Por atender crianças muito pequenas, aulas online estavam fora de cogitação. E também pelo fato de que a filosofia da escola é não incentivar o uso de tecnologia na primeira infância.

E o desafio apenas começava. Um Centro Educacional recém aberto, uma pandemia do lado de fora e dúvidas e expectativas de pais e profissionais de Educação. E como muitos, Antonio e sua equipe teve que reinventar, inovar e usar de muita criatividade. E deu certo.

Durante o período em que não pode receber as crianças, Antonio relembra que imprimia o material e levava na casa de cada criança. “Professoras gravavam vídeo para as crianças, a coordenadora fazia vídeo para os pais para explicar como eles poderiam ajudar as crianças nas atividades. “Interagíamos com as famílias pelo grupo do whatsApp”.

Em setembro de 2020 as aulas presenciais voltaram. A retomada previa apenas 30% da capacidade de alunos, mas como a escola fica em uma grande área mais de 2,6 mil metros quadrados com 500 m de área construída, foi possível comportar todas as crianças.

Seguindo todos os protocolos preconizados pelos órgãos de saúde e mesmo com bebês e crianças pequenas não usando máscara, Antonio diz orgulhoso que não houve nenhum caso de covid na escola. “Distanciamento não existe. São bebês, crianças pequenas que precisam de ajuda para se alimentar, ir ao banheiro, caminhar... Mantemos os protocolos com higienização todos os dias. E contamos com a parceria das famílias para garantir os cuidados”.

Com 90 alunos, maioria em período integral, a escola adota o método Mackenzie Educacional e tem como principio a formação de cidadãos com pensamento crítico desde a primeira infância, quando é formado o caráter do ser humano. “Somos uma escola diferenciada”, diz Antonio, que até os 50 anos não atuava em Educação, mas foi se especializar: fez MBA na USP /Esalq e defendeu tese sobre a importância da Neurociência na Educação Infantil. (veja matéria Reinventar-se- depois dos 50 anos)

“Aqui é uma escola livre, mas com regras”, diz ele. A escola é bilingue e com isso as crianças aprendem desde cedo uma segunda língua. Aqui tratamos a criança como ser individual. Elas tem uma família, tem costumes, tem seu histórico. Procuramos entender cada família em primeiro lugar, ela também precisa participar”, diz Antonio. As aulas de Libra (Linguagem de sinais) são ministradas por uma psicóloga. E esta é também uma forma de a profissional estar em contato com as crianças, observar comportamentos, por exemplo.

Aula de capoeira, ballet, meditação, música, Introdução as artes, dança estão na grade da escola. E para 2022 Antonio faz planos de ampliar o atendimento também para Ensino Fundamental I, crianças até 10 anos.

Berçário a Educação Infantil, até 05 anos. Sistema Mackenzie de Ensino - Escola Bilíngue.

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