16/07/2021
Quem começa a se informar sobre o
futuro do trabalho no mundo e as profissões em ascensão, certamente pode se
assustar em um primeiro momento, com previsões como essas:
- 47% dos empregos tendem a
desaparecer nos próximos 20 anos e ser substituídos por novos modelos (fonte:
Universidade de Oxford);
- 65% das crianças da escola
primária trabalharão em empregos que ainda não existem (fonte: Fórum Econômico
Mundial);
- A estimativa é que até 2030, de
75 a 375 milhões podem precisar mudar de categoria ocupacional e aprender novas
habilidades (fonte: Estudo da McKinsey);
- Metade das habilidades que
precisaremos nos próximos 5 anos ainda teremos que desenvolver (fonte: Congresso
Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento 2019).
A primeira sensação é de muita
incerteza. E sim, vivemos em um mundo “VUCA” (acrônimo para volátil, incerto,
complexo e ambíguo) e “BANI” (acrônimo para frágil, ansioso, não linear e
incompreensível) - termos da moda que refletem bem os nossos dias.
Não trago esses dados para
assustar, mas sim para que a gente possa olhar para esse futuro que está se delineando
com um pouco mais de percepção da realidade.
Essas grandes mudanças descritas
nas previsões acima, de fontes confiáveis, não surgiram de repente. Eu que era
adolescente nos anos 90, lembro como era a vida sem internet, sem celular, com
poucos canais de tv, até sem computadores. O fim dos anos 90 e início de novo
milênio, os anos 2000, trouxeram grandes avanços tecnológicos, que continuam evoluindo
em velocidade cada vez maior até os dias de hoje.
Lembro que já lá, nos anos 2000,
se falava que a automação industrial iria acabar com os empregos. Mas ninguém
levou assim tão a sério.
É interessante notar como a tecnologia
é muito mais rápida do que o comportamento humano. Somos resistentes às
mudanças por natureza. Preferimos ficar acomodados onde estamos, e isso leva à
demora para as mudanças de comportamento, que poderiam ser mais rápidas e
acompanhar mais a tecnologia.
O que aconteceu foi que a
pandemia teve muitos efeitos colaterais, e um deles, foi acelerar essas
mudanças para um futuro do trabalho que estava previsto. Muitas pessoas
passando para home office, maior automação, maior desemprego, pessoas
repensando suas vidas profissionais, aceleração da digitalização nos processos
de trabalho etc.
A verdade é que estamos passando
por uma grande transição histórica, que afeta muito o mundo do trabalho. E
estamos sendo empurrados (já que resistimos às mudanças) a mudar, aprender
novas coisas, novas ferramentas digitais e como usá-las.
Mas que tal trocar a
insegurança e resistência à mudança pela curiosidade e olhar para a
oportunidade?
Algumas dicas para se antenar com
este futuro do trabalho, no seu trabalho:
- Busque se atualizar em relação a
todas essas mudanças e tendências. Elas já podem sinalizar as áreas em que mais
vai haver trabalho.
- Imagine e busque saber o que
muda na sua área de atuação com maior tecnologia nesses novos tempos. Quais são
os desafios? E as oportunidades?
- Se você está em uma empresa,
analise para onde ela está indo. O que é importante ali? Que tipo de
profissionais estão buscando? Que áreas estão crescendo e sendo valorizadas? Como
a empresa se posiciona no mercado? Qual é o seu propósito?
- Questione-se: o que mais eu
gostaria de fazer na minha vida? Que tal pensar em um plano B que contemple
coisas que você realmente gosta, tem talento, o mundo precisa, e você será pago
para fazer nesse futuro?
E por fim, uma tendência líquida
e certa: O “life long learning” – estudar e se atualizar a vida toda!
Prepare-se investigando as tendências de sua área e se atualizado. Ou estude pensando
em um plano B, que vai trazer também mais felicidade para sua vida.
Como o mundo profissional está
mudando muito, teremos a necessidade de estar sempre estudando, provavelmente
de novas formas, mais soltas e informais, e nos atualizando.
Ao invés de resistir às mudanças
que já são inevitáveis, informar-se e preparar-se vai te ajudar a surfar as
ondas da mudança.