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Planeta Eu

Olho por olho? Oba! Vamos morar na praia? Um grupo de amigos comprando um terreno gigante – somando vários pequenos – e aí todo final de tarde – e também sob a lua cheia – sentamos no terreiro comum e tocamos música? Quem não tem um sonho desses guardado no bolso da calça furada e confortável, que a gente só usa em casa? Tenho ido a aeroportos e fico lá no desembarque, esperando uma querida minha que agora mora longe e de ve

06/08/2015



Oba! Vamos morar na praia? Um grupo de amigos comprando um terreno gigante – somando vários pequenos – e aí todo final de tarde – e também sob a lua cheia – sentamos no terreiro comum e tocamos música?

Quem não tem um sonho desses guardado no bolso da calça furada e confortável, que a gente só usa em casa?

Tenho ido a aeroportos e fico lá no desembarque, esperando uma querida minha que agora mora longe e de vez em quando volta... Sempre choro! Quando vejo abraços!

Amei observar o pai que recebeu o pequeno menino e o colocou no colo sem falar nada. Ficaram abraçados longamente. Depois ele olhou o filho nos olhos e falaram baixinho. Gostei da calma dele.

Um rapaz estava parado e um casal se aproximou dele. A mulher o abraçou timidamente e disse: “Demorei para te reconhecer de longe, sem óculos”. Aí foi a vez do homem o abraçar. Chorei quando ele disse: “que bom te ver, filho”. Fiquei imaginando que o rapaz tinha estado longe por um bom tempo, num intercâmbio, e voltou alguns centímetros maior... Senti a saudades que os pais tiveram dele.

Vi também dois homens jovens muito abraçados. Não dava para ver o rosto deles, ambos enterrados um no ombro do outro, mas dava para sentir o sofrimento. Ali era despedida... Doeu em mim aquela separação iminente!

Li que estamos acostumados a acreditar que quem somos termina nas nossas extremidades. Na mão, nos pés... e que quando temos filhos esse limite se expande... é verdade! O abraço também mostra isso.

Na contra mão de tanto bem querer, há também um papel dobradinho, guardado lá dentro do coração, onde está escrito o nome de quem nos magoou algum dia. Já imaginou ler todos esses nominhos, chamar essas pessoas, colocar num avião, e jogá-los lá do alto, em cima da casa dos pais... os primeiros magoadores?

Essa é a primeira história do filme “Relatos Selvagens”, do argentino Damián Szifron. Vingança é a estrela do filme. Ali o Outro não ganha abraço, muito pelo contrário! Nunca tinha prestado muita atenção na Vingança. Ela está presente o tempo todo! Para ficar num exemplo cotidiano: na buzinada, no xingamento.

Pode reparar, a Vingança é sua companheira e anda de mãos dadas com você para todo o lado. Ouça quando ela sussurra na sua mente. Mas... não é preciso obedecê-la! Essa é uma das belezas da vida! Dizer não para ela!!! Renunciar a revidar, a magoar... Precisa ser forte para conseguir isso! Tem um mocinho famoso que sugeriu “dar a outra face”, em vez de um soco!

Não moro na praia, mas estive por lá... Duas garotas, Joana e Taís, tinham algo melhor a fazer do que se ocupar de vingança. Desenharam na areia uma enorme Mandala. Esse símbolo de integração de partes nossas que podem estar em conflito, por exemplo.

Horas depois a água veio e apagou o desenho... os abraços que observo nos aeroportos também já se foram e as vinganças que foram cometidas hoje, por exemplo, também já não estão acontecendo. O sr Tempo levando tudo... mas a Mandala ficou na foto aqui ao lado, ficou na lembrança de quem viu e principalmente nas meninas, que conheceram um pouco mais de suas capacidades criativas e realizadoras. Os abraços persistem nos corpos como um alimento fortalecedor para quem abraçou e foi abraçado. A vingança? Ela deixou um gosto amargo e algo para se esquecer... não fica bem no álbum de fotos, e deixa cicatrizes.

Mas, que bom, existe a reparação! Essa piedosa palavra e ação! Se Madame Vingança sequestrou você, não tema, você não precisa ser um vingador profissional! Há coisas melhores para ser/ fazer...

Fácil falar, mas e quando a opressão do fraco pelo mais forte é de absurda grandeza? Como quando um grupo armado invade um lugar? Ou quando uma empresa causa danos irreversíveis numa pequena vila? Enfim... o mundo está cheio de situações assim, em que quase que a única opção que nasce nos corações submetidos é um sonho inalcançável de vingança.

Relatos Selvagens são seis histórias: nessa história do avião, que contei, quem causou o dano que suscitou a vingança foram professores, namorada, psiquiatra e os pais. Nas outras foram o poder público, o par amoroso, um homem inescrupuloso e um motorista dentro do carro! Belo retrato que abarca todas as relações. Faltaram talvez, pensando agora: o patrão e o vizinho.

Enfim, veja o filme! Embora uma amiga não tenha gostado e feito o seguinte comentário: “passo o dia lutando contra os meus impulsos! Não gostei de ir ao cinema para vê-los soltos, atuando”

Divertido! Impiedoso, sarcástico e muito fácil de criar identificação! Vale a pena! Mme Vingança nunca mais passará desapercebida na sua vida depois de assisti-lo!


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Jany

Escritora e Focalizadora de Dança Circular no UlaBiná.

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