Ar para Tomar Esses escritos estavam dormindo dentro de um caderno, batidinhos à máquina de escrever
24/02/2011
Esses escritos estavam dormindo dentro de um caderno, batidinhos à máquina de escrever. Escritos lá longe no tempo pré computador pessoal. Continuo catando milho e aqui vêm eles acordando sob seus olhos... castanhos? azuis? verdes? pretos?São dezenas de pensamentos tentando fugir da minha cabeça. Não fazem fila. Precipitam-se. Um pouco tolos a amassar uns os pés dos outros. Desatentos, acotovelando-se, apenas para tomar ar no cadernoHá em todas as atitudes o exercício de viver E há nesse fazer o pequeno que carrega o grande. Na aparente insignificância da minha mão que devolve a xícara à mesa depois do gole, a legitimidade e a continuidade da história, feita ela do jeito que a fazemosAgitação de tormentas por dentro. Não agora. E sim nos desprevenidos instantes de consciência pela manhãO não essencial precisa de tempo para perderVirei viajante e não posso pular fora da carruagem Vivo com os outros e os vejo passando pela janelinha Estou em movimento, transpassando épocas, percorrendo vidas Dobro um século, vejo a linha sob meu pé, sem sair daqui Aqui.