19/01/2006
Vinha numa estrada lá do Rio Grande do Sul um carro em alta velocidade. Dentro dele, um casal de gaúcho. O macho na direção, é claro.
Eis que numa curva, de improviso encomendado, surge o senhor guarda. Outro gauchão, é claro, pois o causo se passa no sul. O guarda faz sinal imediato para o gaúcho motorista que vinha lascando o pau – como se diz por aqui – parar. Ao que o obediente gaúcho motorista obedece prontamente, que ninguém é bobo de contrariar guarda de estrada, ainda mais aquele gauchão fardado.
GUARDA (para o motorista) – O senhor estava correndo a 150 Km por hora!
GAÚCHO – Não, senhor. Não estava correndo a 150.
GUARDA (irritado) – Estou dizendo que estava é por que estava. O senhor não me contrarie. Estou dizendo que o senhor corria a 150 e pronto.
GAÚCHO – Pois eu te digo que não estava a 150 e sim 180 por hora. O senhor se enganou.
GUARDA (percebendo a marotice) – Muito bem. Onde está o cinto de segurança? Vejo que o senhor e a senhora não estão usando, como manda a lei.
GAÚCHO – Pois é claro que não estamos usando cinto. Os mesmos estão amarrando dois bujões de gás no banco traseiro.
GUARDA (percebe a ironia travessa e gozativa do gaúcho e fala, olhando para a mulher) – Teu marido é sempre assim? Gozador?
MULHER – Só quando bebe um pouco. Acabou de tomar dois garrafões de vinho numa festa.
GUARDA (para o gaúcho) – Pois eu vou tirar agora a tua carta, amigo.
GAÚCHO (de pronto) – Agradeço! Faz três anos que tento e não consigo!
Conta-se que o guarda repete este causo até hoje por aquelas bandas gauchescas.