14/06/2023
A partir da condição ereta, a humanidade segue a sua marcha e o corpo se posiciona em sua nova forma de ver e de comunicar o mundo percebido. Isso leva os órgãos dos sentidos a terem fundamental importância para o desenvolvimento global.
De fato, os sentidos vêm com o nascimento, mas se ampliam com a possibilidade dos nossos ires e vires nos ambientes em que vivemos e experimentamos. A curiosidade e o desejo de conhecer, levam o corpo a desafios crescentes aguçando, assim, as qualidades sensoriais e as capacidades perceptivas. O cérebro cresce em conexões e suas áreas associativas relacionam as informações relevantes recebidas para, então, emitir a resposta mais desejada e adequada aos estímulos. A visão e a junção de todos os sentidos evocam a memória, criam uma imagem baseada no que já é conhecido a cada ser, e a produzir consciência, um novo saber.
Na condição de estar em pé, o olhar vê o mais adiante, o horizonte ficou mais além. É a possibilidade de projetar o futuro. Da mesma postura, mudamos o olhar com um girar da cabeça, a rever o passado, o que ficou para trás, rever o ido e, assim, a revivê-lo na memória. Dos olhos adquirimos a reflexão, ou seja, a capacidade de visitar o passado e propor um futuro. E seguir os passos mais seguros na direção de alcançá-lo, num caminho dialógico com o mundo.