16/07/2015
Quem não derramou litros de lágrimas assistindo o filme Sempre ao seu lado? A história de Hachiko, um cão da raça Akita, que, durante 10 anos, esperou o seu dono voltar. A história, que é verdadeira, emocionou crianças e adultos do mundo inteiro. Como reconhecimento, por sua lealdade e seu amor, os japoneses construíram uma estátua na estação de trem de Shibuya, no Japão. O filme me despertou uma questão... Se a maioria das pessoas se emocionou com a história de Hachiko, por que então muitas destas pessoas abandonam os seus animais de estimação? Não me refiro só ao abandono cruel das ruas, mas àquele abandono “oficial”, pelos motivos mais diversos e fúteis.
Diariamente, vejo nas redes sociais animais adultos, que antes tinham um lar, à procura de novos donos. As razões são diversas... “Em geral, a desculpa é “mudança para apartamento”, o que, na verdade, podemos traduzir por: “late muito”, “come muito”, “faz muito coco”, “estraga o jardim”, arranca roupas do varal”, rói tudo” e até porque “o filho é alérgico a pelos”...
Não consigo entender como alguém que resolveu ter um animal de estimação para fazer parte da família pode se desfazer, de uma hora pra outra, como se ele fosse um brinquedo velho ou que perdeu a graça... Principalmente, porque eles nunca abandonam os seus donos. Sejam eles ricos, pobres, feios, bonitos, gordos, magros... Mesmo os gatos que, quem nunca teve um, acredita que eles gostam da casa e não do dono. Mentira! Eles amam os seus donos, ou melhor, “seus humanos”. E quando somem, é porque morreram nas ruas.
Bem, o que quero dizer na verdade, é que cães e gatos, papagaios e demais animais criados no convívio humano e com carinho sofrem, e muito, com a separação. Segundo especialistas em comportamento animal, o sofrimento dos animais quando o dono morre, se ausenta por muito tempo ou resolve se desfazer dele se manifesta com vários sintomas que vão da simples tristeza, à apatia e, por final, a morte.
Portanto, como costumamos dizer, pense muitooooooo antes de adotar um animal de estimação. Afinal, você será responsável por ele por, pelo menos, os próximos 15 anos. Se, um dia, precisar se separar dele por algum motivo, que seja algo muito sério e justificável. Não se desfaça por motivos fúteis. E mais, faça esta mudança ser responsável e paulatina. Procure, com muito cuidado, alguém que vá amá-lo. Se possível, ponha o novo dono em contato, um pouco a cada dia. Assim, o elo entre ele e a sua família não se quebre de repente. No entanto, o ideal é nunca abandoná-lo. Animais se adaptam a diversas situações. O que eles querem mesmo é ficar sempre perto de nós. É só aprender como educá-los para que não se transformem numa pedra no sapato. Animais de estimação têm que ser motivo de alegria para a família. Deixe que ele faça parte da sua vida e você da dele. Quem vive essa experiência, se torna um ser humano melhor e mais feliz.