23/06/2014
Ser proprietário de um animal de estimação faz bem ao ser humano. Melhor ainda, quando o respeitamos. Não basta um prato de comida, água fresca e um afago. Um proprietário responsável deve pensar no bem estar do animal e, principalmente, em sua saúde. Vaciná-lo já é um grande passo para que ele cresça saudável, além do que, evitará uma série de aborrecimentos, tanto pelo seu sofrimento quanto para o próprio bolso do dono. Como diz o ditado: “prevenir é melhor que remediar”.
Mas, com todos os cuidados que se possa ter, seu pet não está livre de adoecer. É aí que entra a capacidade do dono de perceber que algo está errado. Quanto mais cedo o mal for diagnosticado, maiores são as chances dele superar o problema. Conhecendo bem seu animal, o dono está apto para notar qualquer alteração em sua conduta normal. Porém, vale lembrar, sempre, que só um profissional poderá fazer o diagnóstico, devido às combinações de sintomas. Lembre-se, ninguém melhor que o médico veterinário para tratar do seu amigão. Nunca o medique por conta própria. Um simples analgésico pode matá-lo em poucas horas. Qualquer transtorno está acompanhado de um ou mais sinais e sintomas variáveis. Eles podem variar de um animal para outro. Mas, o proprietário pode ter um papel importante. Saber interpretá-los pode ajudar no diagnóstico do veterinário e a salvar a vida do animal. Então, assim que notar que há algo diferente procure o profissional de sua confiança.
Algumas dicas que podem ajudá-lo a reconhecer um sinal vermelho.
Distúrbios cardiovasculares - Dispnéia (falta de ar), cansaço ao exercitar-se, tosse noturna, mucosas arroxeadas, ascite (acúmulo de líquido abdominal).
Distúrbios bucodental - Halitose (devido ao acúmulo de tártaro), vermelhidão, sangramento ou ulceração das gengivas, dentes persistentes (dentes de leite que não caem e que ao nascerem os definitivos ficam encavalados).
Distúrbios neurológicos - Cabeça em pêndulo, andar em círculos, cabeça voltada para um dos lados, hipermetria (falta de noção de profundidade), tremores, convulsões, falta de equilíbrio, tiques nervosos.
Distúrbios respiratórios - Dispnéia, respiração deficiente, respiração profunda (como se o animal suspirasse), respiração artificial (ofegante), tosse, espirro, secreções nasais ou oculares.
Distúrbios auditivos - Chacoalhar a cabeça, mau cheiro nos ouvidos, coçar a orelha, reação dolorida ao toque no ouvido.
Distúrbios oculares - Secreções nos olhos, coloração diferente da esclerótica (branco do olho), vermelhidão da mucosa ocular, fotofobia.
Distúrbios cutâneos/capilares - Queda de pelo, prurido, caspa, falhas ou vermelhidão na pelagem, forte odor.
Distúrbios do sistema reprodutivo em fêmeas - corrimento, tumor e/ou sangramento na vagina, ingestão exagerada de água, aumento do abdome, aumento de excreção de urina. No caso de prenhez, qualquer secreção esverdeada pode ser sinal de perigo.
Distúrbios reprodutivos em machos - Falta de libido, ausência de um ou dos dois testículos, ferimentos ou tumor no pênis.
Distúrbios urinários - Poliúria (muito xixi), urina com odor ou cor diferente, dificuldade para urinar, sangue na urina, secreção na vagina.
Parasitas internos - Vermes nas fezes, diarréia com sangue, vômito, emagrecimento, tosse. Alguns vermes podem atingir o coração (Dirofilaria Immitis) ou o pulmão.
Parasitas externos - Anemia, hemorragias, mucosas amareladas, tristeza e apatia podem ser sintomas de que o animal esteja com carrapatos. Bicheiras (miíase), causadas pela mosca verde, bernes (miíase simples). A primeira apresenta vários buracos e muitos bichos e pode causar a morte do animal. A segunda é um buraco só e só um bicho.
Portanto, fique sempre atento. Animais não falam e não se queixam. Nós somos responsáveis pela sua saúde e bem estar. Em troca ele agradece com sua fidelidade e amor.