01/03/2017
Muito se fala no quanto a internet e as redes sociais em particular têm favorecido mais os relacionamentos virtuais do que os presenciais. Muitas vezes vemos isso como perda, quando o primeiro simplesmente substitui o segundo, privando a gente do abraço, o prazer do encontro, a alegria de estar junto com quem gostamos, ou travando novas amizades, ali, cara a cara, olho no olho!
No entanto, de uns tempos para cá (e sem dúvida alavancados pela própria rede), grandes eventos urbanos têm sido amplamente dominados e conduzidos pelas massas, mobilizadas pelo desejo de reivindicar coletivamente suas questões políticas ou também, como no carnaval, de procurar alegria e diversão ao lado de outros milhares de pessoas com o mesmo pique, pelas ruas da cidade. Literalmente botando o bloco na rua!
Arrisco dizer que, apesar do usos discutíveis das redes, do excesso de utilização de celulares, do fato de que ao nos conectarmos, também estamos nos desconectando de quem está ali ao nosso lado, as pessoas ainda sentem uma tremenda falta uns dos outros! Ninguém se basta, por mais que seja fisgado pela rede. A sensação de compartilhar fortes emoções com um monte de gente que sequer conhecemos, de entrar na mesma freqüência de convicções ou de contentamento, de estar presente ao vivo e a cores em qualquer encontro coletivo com o qual nos identificamos, é insubstituível!
Seja uma manifestação política, a luta por um país melhor, um jogo de futebol, um show de música ou um bloco de carnaval, esse convívio fugaz e inesquecível desperta em nós um sentimento, uma alegria, uma força que não há rede que dê conta. É quando ela tem seu maior valor: o de dividir com todo mundo o que se multiplica nos grandes encontros!