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Uvas Exóticas Refletindo este final de semana sobre a matéria da próxima coluna, constatei que ultimamente as pessoas querem cada dia mais provar vinhos com uvas diferentes, exóticas, digamos

15/10/2014



Refletindo este final de semana sobre a matéria da próxima coluna, constatei que ultimamente as pessoas querem cada dia mais provar vinhos com uvas diferentes, exóticas, digamos. E de fato existem uvas pouco conhecidas e que geram vinhos muito atraentes e pouco conhecidos. Poderíamos até criar um dia denominado UVA EXÓTICA -THE BIG DAY, que tal? Ahhh, hoje estas uvas não são tão menosprezadas assim e muitos curiosos estão tentando conhece-las melhor. 

Querem descobri-las? Apresento a vocês então duas uvas da região de Savoie, já ouviram falar desse lugar?

Savoie é uma região localizada na borda dos Alpes franceses, na fronteira com a Suíça. Interessante mencionar que até 1858 essa região pertencia a Piemonte, como antigo Ducado de Saboia, tendo sido anexada à França naquele ano pelo Tratado de Turim. Hoje, a economia local depende muito do turismo alpino para a sua sobrevivência.

Desde os tempos dos romanos que se plantam videiras por lá. Em 1973 tornou-se uma região demarcada, e com esta determinação legal, seus vinhos melhoraram e muito. A imagem de vinhos leves e simples aos poucos está se transformando. Pela sua proximidade, é a região que abastece as estações de esqui.

Como a vizinha Suíça, Savoie é terra de bons queijos, de lá vem os famosos Beaufort, Savoie Gruyère, Reblochon, entre outros.

Os vinhedos são cultivados entre lagos e nas encostas das montanhas, basicamente com castas locais, o que dá a eles uma tipicidade única. As vinhas são plantadas numa altura média de 500 metros. O clima é continental com inverno rigoroso e verão curto e seco com ótima incidência de sol. Para quem gosta de castas diferentes, a pequena Savoie é um paraíso. Os vinhos tintos, leves, frescos e frutados são minoria, em torno de 20% da área plantada.

As várias castas nativas são:

ALTESSE/ROUSSETE: Uma das castas mais antigas de Savoie, plantada desde o século 13, uma prima distante da Furmint (uva base dos lendários Tokaj). Seus vinhos brancos são de médio teor alcoólico, algo em torno de 12 graus, boa acidez, de corpo médio, aromas que lembram especiarias, nozes e frutas secas e algo de mel. Os vinhos são aptos para o envelhecimento.

JACQUÈRE: Mais uma casta branca plantada em Savoie desde o século 12. A casta está perfeitamente adaptada ao clima e tem amadurecimento tardio, o que favorece a colheita no final do verão. Bastante produtiva, seus vinhos têm médio teor alcoólico, em torno de 12 graus, pouco aromáticos, levemente ácidos e servidos com fondue de queijo.

GRINGET: Mais uma uva branca da família da Traminer (Savigny, Gewürtzraminer), portanto casta de boa acidez, gerando vinhos frescos e aromáticos, indo do floral às frutas tropicais passando por nozes e frutas secas. Podem acreditar, a grande característica da família Traminer é exatamente esta ampla gama de possibilidades aromáticas. Muito usada para a fabricação do Crémant local, a Gringet dificilmente é produzida na forma de vinhos tranquilos (sem gás).

O grande vinho varietal desta uva é o Le Feu (O Fogo), nome dado em razão da cor da terra onde é produzido. A Domaine Belluard em pouco mais de 10 hectares nos presenteia com este único vinho branco, cujas uvas foram fermentadas em lagares ovais e não em tanques de inox, produzindo um vinho de cor dourada bem ao estilo das Traminer com aromas de pêssego e ameixa, acidez marcante, fresco e muito agradável ao paladar. Quem puder, compre, pois não se arrependerá! 

Para os vinhos tintos, é usada a MONDEUSE, uva originária da vizinha Borgonha, inicialmente plantada pelos Monges da Abadia de Ckuny, nossos enólogos da Idade Média e trazida por eles para Savoie lá pelo século 12. Os tintos são de médio corpo, de um vermelho vivo, aromas de especiarias e, dependendo da safra, podem apresentar um toque de frutas vermelhas. Como sua acidez é acentuada, é usado em corte com a Gamay e a Pinot Noir para fornecer cor e longevidade.

Com as variedades brancas jacquère, roussanne, altesse e gringet, e a tinta mondeuse, Saboie provavelmente mantém o recorde das variedades de uvas mais originais, ou ao menos as mais infrequentes, e as que menos têm viajado: tão ancoradas ao solo que estão, não podem crescer em nenhum outro lugar.

A maior parte dos vinhos de Saboie devem ser desfrutados jovens, particularmente os vinhos brancos de jacquère, que produz vinhos ligeiros, florais e frescos. Mais ricos e estruturados, os roussettes atingem um equilíbrio após 2 ou 3 anos de manejamento. O mesmo vale para mondeuse, que envelhece notavelmente bem e suaviza seus taninos conforme passa o tempo.

TINTA – MONDEUSE

A Mondeuse Noire, segundo o livro Wine Grapes, de Jancis Robinson, tem diversos sinônimos. São eles: Gros Rouge (Vaud e Genève na Suíça), Grosse Syrah, Maldoux (Jura), Persagne (Ain), Petite Persaigne (Rhône), Plant Maldoux (Jura), Savoyan (Isère).

Ele traz muitas das características que me agradam nos tintos, atualmente: ótima acidez, com taninos leves, apesar do desengace parcial. Um agradável amargor aparece no final. No nariz, uma leve pimenta do reino.

Mondeuse (cepa tradicional de Saboie), emparentada com o syrah, produz um vinho tinto com cores azuladas, geralmente reconhecido como um tônico excelente. Frota facilmente na boca com aromas de violeta, fresa e framboesa, um tinto "com corpo". Seus taninos suavizar-se-ão com o tempo e podem emergir toques de noz.

Santé!


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