22/12/2005
Este ano decidi fazer um panetone ao invés de comprar um já pronto. Confesso que não é tão simples assim, mas depois de muitos testes, valeu a pena!
Eu e meu ajudante fizemos panetone e chocotone.
Por trás deste “pão” existe uma história bastante curiosa ― uma história de amor que merece ser contada.
Lá pelo século XV, um jovem aristocrata milanês apaixonou-se pela filha de um confeiteiro chamado Toni, que não aprovava o namoro. O rapaz, decidido por seu amor, disfarçou-se de ajudante e foi trabalhar na padaria de seu futuro sogro. Depois de muitas tentativas, inventou um maravilhoso pão com frutas, de extrema delicadeza e sabor especial. O formato do pão, totalmente diferente, imitava uma cúpula de igreja. O sucesso foi imediato e passou a ser conhecido como PANE DI TONI, que com o tempo virou PANETONI. Como várias destas histórias não são verdadeiramente comprovadas, existem outras versões. Uma delas diz que em uma corte de Milão, na festa de Natal, com a sobremesa arruinada, o cozinheiro do duque fez servir aos convidados um pão doce preparado por um ajudante chamado Toni. O pão foi muito apreciado por todos e batizado como PANE DI TONI.
No Brasil, o Panetone chegou trazido por imigrantes italianos. Entre eles estava Carlo Bauducco, que já produzia panetones artesanalmente. Percebendo a possibilidade de realizar bons negócios, em 1952 inaugurou sua doçaria no bairro do Brás. Um dia, precisando aumentar suas vendas, teve a brilhante idéia de encher um avião de panfletos e bombardear [sic] a cidade. Todo o estoque foi vendido em apenas três dias.
Assim, o Panetone atravessou o oceano e tornou-se tradição por aqui também.
Para encerrar, uma dica bem legal para os fãs de panetone: visitem a “Casa Bauducco”. Lá é possível saborear deliciosas fatias de panetone acompanhadas de um verdadeiro café expresso, ver o confeiteiro fazer um panetone e conhecer a história da Bauducco. Ela fica na Rua Normandia, 51, Moema (tel. 11-5093-6405). Fica aberta diariamente, das 10h às 22h, até o dia 24.