12/12/2012
Por Bruno Medeiros
Dentre os meus melhores amigos, existia um diferente. Esse grande amigo esteve comigo nas principais fases da minha vida. Sempre presente e à minha disposição. Ele me levou para lugares incríveis, me proporcionou sentimentos e sensações inesquecíveis. Aprendi com ele a ser gentil, paciente, corajoso e cavaleiro. Esse grande amigo proporcionou momentos que jamais vou esquecer com minha família e com meus melhores amigos.
Quando eu estava triste era com ele que eu ia conversar. Quando eu estava nervoso era com ele que eu ia passear. Quando eu estava feliz era com ele que ia comemorar! Quando estava com ele, era como se eu fosse super-homem. Éramos intocáveis, nada acontecia quando estávamos juntos. Aprendi com esse grande amigo a não desistir nunca e seguir adiante com vontade, pois assim ele sempre fez!
Com ele, descobri o sentimento de liberdade. Não tínhamos dia, hora, tempo e nem lugar. Era quando e como nós queríamos e para onde queríamos. Por muitas e muitas vezes apenas nós. Cantamos, conversamos, choramos, suamos, nos molhamos e passeamos. Nossa, como passeamos! Eu largava tudo para estar com ele: trabalho, estudo, almoço com a família, compromissos, balada.... Largava tudo mesmo! Com ele eu vi os mais bonitos pores do sol, as luas cheias e as noites sem lua, iluminadas por vaga-lumes, como se fosse um filme.
Só tenho de agradecer o tempo em que estivemos juntos. Desse grande amigo, hoje tive de me despedir. Agradeço muito a pessoa que colocou esse grande amigo na minha vida: valeu Pai!
“Nunca sentirá, por ter de mim separado,
estou te deixando, vc foi para o outro lado,
creia meu bom amigo, não nos veremos mais.
Nenhuma emoção, em seus olhos leio,
estou retirando pela última vez, seu arreio,
não ficará mais preso, assim eu vejo.”
”Sei, não pode mais ver essa tão bela paisagem,
e muito menos entender, é sua última viagem.
Comigo, nunca mais voltará para dividir sua coragem.
Será sempre lembrado, por tão boa companhia,
quero te falar e vou ainda dedicar uma poesia,
quando sentir, montado na saudade da sua companhia.”
Não te venderia jamais, não se vende um amigão,
sei que não chora, mas eu não seguro a emoção,
mas que bom, vc não lembrará que aqui, alguém chorou...
muita coragem vc demonstrou. Não escrevo mais nada.
Já estou com saudade de nossa madrugada,
e dos belos lugares, que tanto me levou...”
”Carinhos em sua cabeça, peito e no coração.
Está doendo, meu cavalo, te dizer adeus....
Por tantos caminhos que juntos percorremos...
Vejo te agora livre, pastando, querido cavalo,
me afasto, chorando...Tristemente falo,
Adeus amigão, sei que jamais nos veremos...”
Muita saudade!
Este texto foi escrito por Bruno Medeiros de Moraes Carvalho, de 28 anos em homenagem ao cavalo Napoleão que morreu em 25 de outubro aos 17 anos e depois de 13 anos de convivência com Bruno.