19/11/2009
No final do ano sofremos um acúmulo de pressões, mais até do que em outros meses. Contas a pagar, imposto de renda para organizar, intermináveis reuniões de final de ano, provas, fechamentos, compra de presentes, organização de celebrações e viagens, filas, trânsito. Este “esticar até o limite” é o famoso estresse.
O estresse é uma resposta natural do corpo a um agente agressor, seja ele um assaltante, uma doença, um sangramento, uma queda, uma prova. A resposta é conhecida como “lutar ou fugir” ou melhor dizendo, o estresse é uma resposta do corpo que nos prepara para tomar uma atidude, através da liberação no corpo de diversos hormônios, como a adrenalina e o cortisol. Estas substâncias aumentam a capacidade de concentração e a velocidade de reação. Aumentam até a força! Isto é uma mudança aguda e auto-limitada, e depois tudo volta ao normal.
O estresse constante, ao qual estamos submetidos na vida moderna, é outra história. Neste caso, a produção contínua de hormônios como o cortisol e a adrenalina podem causar problemas sérios de saúde a longo prazo. O estresse crônico pode levar diversos sintomas. Pode levar ao aparecimento de empachamento e dor com a diminuição do esvaziamento gástrico, assim como aumento do trânsito intestinal, levando a diarréia. Além disto, pode ocorrer aumento do peso em consequencia de excessos alimentares provocados pelo estresse. O sistema imunológico pode tornar-se mais fraco, o que facilita o aparecimento de resfriados e outras infecções. Frequentemente observa-se ansiedade, insônia, aletrações na memória e capacidade de decisão. Desinteresse, especialmente por atividades físicas, também é um sintoma de estresse.
Um dos sistemas que mais são afetados é o cardiovascular. Pode-se observar o aumento da pressão arterial e da frequencia cardíaca, e além disto, o próprio estilo de vida e personalidade competitiva estão relacionados ao risco de infarto e derrame.
No estresse agudo, é comum sentir ansiedade, nervosismo e palpitações. Depois que passa sentimos uma certa moleza e dificuldade de concentração. Quando se percebe isto? Após uma batida, por exemplo. Ou um susto outro qualquer, como achar que perdeu a carteira ou aquele documento importante. No estresse crônico os sintomas são mais sutis, como depressão, fadiga, dor no peito, palpitação, tontura, tremor, até dificuldades respiratórias. Sintomas como perda de libido, disfunção erétil e alterações menstruais podem aparecer. Geralmente estes sintomas são leves e atitudes como aprender a relaxar, ficando longe de agentes estressores e praticar atividades físicas regularmente ajudam a aliviar os sintomas, melhorando o humor e o raciocínio. Se esforçar para dormir bem é muito importante, assim como dividir os problemas com amigos e família também é. As vezes, porém, é necessário acompanhamento médico. Antigamente, os médicos prescreviam férias de meses em praias e nas montanhas. Pena que não podemos mais fazer isto, não?