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A mala amarela por Silvia Rocha Não é aquela

25/08/2009



Não é aquela. Nem aquela. Nem aquela.
Nenhuma delas.
É a minha mala amarela.

Chegar em nosso destino inicial, de avião, em uma viagem com a família, já é um alívio. Para mim, é sempre um alívio. O avião decolou, a viagem ocorreu com pouca turbulência, o pouso foi digno de aplausos.

Já a chegada das bagagens...

Fomos para o terminal certo, plataforma certa. Elas foram chegando aos poucos na esteira... Depois de um tempo, chegaram as malas dos meus filhos, do meu marido... também chegou a mala de uma amiga, mala esta que estávamos levando para devolver... mas nada da minha.

As malas da esteira foram minguando... eu já pressentia que a minha não viria. Muitos pensamentos vinham à minha mente: será que ela fora extraviada? Ou fora para um destino completamente diferente? Por que a minha? Por que logo a minha mala? Por outro lado, que bom que foi a minha e não a das crianças...

Veio uma insegurança: e agora, sem a mala?

E pensamentos contraditórios perpassavam enquanto a minha mala não passava – ou passeava – pela esteira: que bom que aconteceu algo apenas com a mala, e não comigo; deve haver aí uma lição de desapego para eu aprender; olha só, mais um tema sobre mala para eu desenvolver; as malas estão na ordem do dia, pelo visto!

Então entendo os dizeres da placa “solicitação de bagagem”. Uma placa que não me dizia nada até aquele dia, em cujo respectivo local havia uma bela fila. Todos nós pertencíamos ao Movimento dos Sem-Mala.

Preenchidos os formulários, fiquei sabendo que há aeroportos que batem o recorde de extravios de mala, e a minha vinha de um desses. Portanto, eu poderia ficar tranqüila porque, afirmou-me o funcionário, a maioria das malas solicitadas acabavam chegando a seus proprietários, mais dia menos dia.

Mas chegaria mesmo?

É curioso esmerar-se tanto para fazer a mala, colocar ali o de melhor para a viagem que incluiria Natal e Ano Novo e, depois, chegar sem ela!

Alguém falou em indenização. Em poder fazer um enxoval novinho pago pela companhia aérea, mas a idéia não me animava muito. Eu tinha posto as roupas preferidas, echarpes e lenços escolhidos a dedo, o sapato amaciado... dentre outros itens eleitos.

Meu marido e as crianças ficaram chateados por mim, mas eu tentei, ao máximo, nem ficar mal-humorada e nem nervosa. Transmiti a eles uma serenidade que, confesso, estava mesmo sentindo. Que o que não tinha vindo na esteira era apenas a minha mala amarela. Provavelmente, a mais amarela e chamativa e simpática mala embarcada na tarde anterior. A minha não mala.

No final do dia seguinte, a mala finalmente chegou.

Pelas novas etiquetas que apresentava, parece que minha mala viajou bem mais que eu para chegar ao seu destino.

Depois, ao carregar minha mala e utilizar seu conteúdo ao longo de uma viagem de 3 semanas, cheguei à brilhante conclusão de que ela poderia ter sido bem menor, mais prática, mais simples, mais leve...

E que quanto menor ela fosse, menos eu precisaria dela... pensou a moça da mala amarela.


Silvia Rocha


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Silvia Rocha

Escreve matérias, artigos e crônicas para
veículos impressos e virtuais.
Foi contemplada pelo ProAC 18/2019  - 
Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de SP-para a publicação de MATUTU DO, um livro de haikais (poemas de 3 versos) sobre
o Vale do Matutu, em Minas Gerais. O livro será lançado este ano.
Dá oficinas de haikais, aulas de escrita e cria quadros poéticos, integrantes de seu
projeto Põe Poesia.



www.silviarocha.com.br

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