29/08/2024
Por Solange Viana
Especial para o Site da Granja
Você tem até domingo, 1/9, para visitar a feira de arte "Rotas Brasileiras", uma extensão da já consagrada SP-Arte, que este ano completa 20 anos de atuação no mercado. Com "Rotas", a SP-Arte busca dar visibilidade a artistas e galerias fora do eixo Rio-São Paulo, oferecendo ao visitante a oportunidade de conhecer o que está sendo produzido além do circuito tradicional. “É uma feira de descobertas, com projetos que refletem tanto o que está despontando na cena, quanto resgata e homenageia grandes criadores e criadoras da arte brasileira e aquelas que a influenciam”, diz a curadoria do evento, que chega à sua terceira edição este ano e conta com direção artística de Rodrigo Moura, curador, editor e crítico de arte brasileiro.
Mas, afinal, qual seria a diferença entre esta feira e a SP-Arte tradicional, já que ambas trazem galerias de outros estados? Bem, são muitas. A começar pelo espaço físico. A primeira acontece no majestoso prédio da Bienal de São Paulo, o que por si só já é um espetáculo. O que é interessante sobre “Rotas Brasileiras” é que é menos cansativa, mais concisa. O espaço é bem condensado, permitindo que você visite com mais tranquilidade e consiga ver tudo, ou quase tudo, pois as obras estão concentradas no mesmo andar. Além disso, "Rotas" valoriza a produção nacional, o que já justifica a visita, embora saibamos que o Brasil tem muito mais a oferecer. O que está representado ali é apenas uma pequena amostra da nossa grandiosidade.
No primeiro dia de evento, reservado especialmente para convidados, encontramos vários granjeiros, como Myrine e Gabriel Vlavianos, que participam com o Instituto Cultural Vlavianos; Jacques Ardie, que também tem um espaço no evento; Monica Rosales, da Associação São Joaquim; Roberta Martinho; Silvia Rocha; e Tomas Cunzulo, que circulavam entre obras e instalações espalhadas pela ARCA, onde a feira de arte está sendo realizada.
Ao entrar, você já se depara com obras monumentais, como a de Manabu Mabe, sem título, de 1994, um óleo sobre tela de 2,00 x 3,00 m, exposto na Galeria Frente, por módicos 800 mil reais. Para esta galerista, os imperdíveis, além do Mabe já citado, são as obras apresentadas pelo Instituto Cultural Vlavianos, que mostra trabalhos de Nicolas Vlavianos, selecionados por seus filhos, Myrine e Gabriel. São esculturas em aço inox datadas dos anos 80 até meados de 2021, antes de sua morte. A Galeria Albuquerque, de Belo Horizonte, exibe os encantadores trabalhos da série “Touradas”, com fotos e desenhos de Flavia Bertinato. Outra imperdível é a Galeria Bianca Boeckel, de São Paulo, onde o visitante poderá se deliciar com as delicadezas das obras de Patrícia Baik. Um destaque que vale comentar é o trabalho de Thales Pomb, da Galeria Leonardo Leal, de Fortaleza. Sua obra de grande formato, 200x200 cm, custa R$ 26 mil, uma verdadeira pechincha.
Para finalizar, não deixe de passar pela Galeria Luís Maluf. Um dos destaques é a promessa-revelação Aline Bispo, que apresenta uma única obra no valor de R$ 65 mil.
Então, prepare um sapato confortável e vá se divertir apreciando arte neste evento que visa chamar atenção para expositores e artistas periféricos.
Serviço:
*Rotas Brasileiras
28 de agosto – 01 de setembro de 2024
Site: www.sp-arte.com/rotas-brasileiras
ARCA
Av. Manuel Bandeira, 360
Vila Leopoldina - São Paulo, SP
Horários:
28 de agosto: abertura para convidados
29–31 de agosto: das 12h às 20h (entrada até 19h)
01 de setembro: das 12h às 19h (entrada até 18h)
Ingressos:
R$ 80 (inteira)
R$ 40 (meia-entrada)
Estacionamento:
O estacionamento da ARCA tem o valor de R$ 70 a diária. Recomendamos o uso de táxis ou carros por aplicativos de transporte.
Solange Viana é jornalista, galerista e produtora cultural. Mora em Cotia há mais de 20 anos e tem uma galeria de arte que leva seu nome no centrinho da Granja. @galeriadeartesolangeviana
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