08/09/2022
Na semana passada, o governo paulista lançou a licitação de uma nova linha de metrô, até a cidade de Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo. A proposta é antiga: o ramal já foi apresentado em outras oportunidades, sendo, inclusive, estudada a possibilidade de ser operado por monotrilho, chegando a ser conhecido como “monotrilho de Cotia”. De lá para cá, houve algumas alterações, como o traçado, localização das estações e até a tecnologia modal. Mais do que isso, a linha terá uma grande importância já que permitirá uma ligação rápida por um trecho que diariamente vive congestionado, como é o caso da Rodovia Raposo Tavares.
Antes prevista para ter seu terminal central na região de Pinheiros, agora a ideia é que a linha termine na Estação Sumaré, permitindo conexão direta com a Linha 2-Verde. Segundo o Termo de Referência (TR) divulgado pelo Metrô, quando completa, a linha possuirá 30 km de extensão e 19 estações. Além da Linha 2-Verde, o novo ramal possibilitará conexões com as linhas 20-Rosa, 4-Amarela, 9-Esmeralda e Arco Oeste-Sul. A demanda estimada é de cerca de 650 mil pessoas.
Segundo o Metrô, a maior parte da demanda desta linha concentra-se no trecho entre região de Granja Viana e o distrito de Pinheiros, razão pela qual, nesta etapa de projeto, ter sido indicada como Fase I de implantação. A Fase II, entre o centro de Cotia e região de Granja Viana, estará ainda sujeita à consolidação modal e tecnológica para viabilizar seu posicionamento.
Muito comum na medida em que os estudos avançam, o traçado da Linha 22-Marrom sofreu alterações com relação ao anterior. A maior diferença entre o projeto antigo é que, agora, a Linha seguirá mais ao norte, passando por dentro da Cidade Universitária atendendo a Universidade de São Paulo (USP), uma reinvindicação antiga. Em seguida, haverá duas estações nos limites da cidade de Osasco.
Essa é a pergunta que muitos fazem, mas é difícil responder, até mesmo para o Metrô. De acordo com o TR, o prazo de conclusão desse trabalho será de 35 meses a partir da assinatura do contrato, o que daria uma previsão de entrega lá pelo ano de 2026, caso não ocorra nenhum atraso. Depois disso, haverá uma análise do Metrô.
Caso a estatal esteja de acordo, a linha poderia ter suas obras iniciadas ainda no final desta década. Ou seja, no melhor dos cenários, o primeiro trecho da linha não seria concluído antes de 2032, por exemplo.
Mas é preciso deixar claro que existem muitas variáveis. Ainda não se sabe o modelo de construção e operação da linha, a prioridade de implantação e até mesmo o fator político pode pesar, já que poderá depender do governador de ocasião.
A bola da vez agora é a licitação de um anteprojeto para ser entregue daqui a distantes 4 anos, em 2026. Sabemos da importância do projeto, mas será que ele não poderia ser anunciado tranquilamente depois do término das eleições?
Fonte: Plamurb