06/07/2010
Julho é um mês especial aqui na Granja. Durante o dia o sol brilha e à noite faz um frio que obriga a gente a puxar um cobertor. As tardes têm quase sempre uma temperatura super agradável.
Sábado foi assim.
Fui ao parque Tereza Maia, prestigiar a Festa do Roubo da Bandeira. Levei minha mochila e dentro dela uma esteirinha de praia, umas bergamotas e nenhuma expectativa. Pensei " se o evento não for legal, tudo bem, curto o ambiente e pronto". Quando cheguei, me surpreendi. O parque estava todo enfeitado com bandeirinhas "customizadas", flores de papel por todo o lado colorindo o "verde". Barracas de artesanato, de comida e bebida. Presença dos ilustradores Valdeck Garanhuns e Regina Drozina, expondo suas xilogravuras e ainda lançamento do livro de Inimar dos Santos.No palco um grupo de percussão e no gramado outro de dança, em um ritmo, nada familiar para mim, mas que logo me encantou.
"Vocês estão assistindo uma demonstração dos cursos de dança e música que a OCA oferece" explica Vera Aihayde, coordenadora do Centro de Referência da Cultura Brasileira da ONG. "Atividades como estas valorizam a auto-estima, a moral, ajudam no fortalecimento dos vínculos familiares e criam a oportunidade de escrever uma história diferente de vida" complementa.
Depois da música e da dança da OCA, foi a vez do Coral do Projeto Âncora, uma graça.
A contação de história feita pelo grupo Girasonhos veio em seguida. A fala de Vivian foi "misturada" à música e efeitos sonoros que embalaram a platéia na história do Boi Mimoso, ou melhor, na história da Lenda do Bumba Meu Boi. Uma delícia.
Eu não tive chance da acompanhar as outras atividades que adentraram a noite, mas acredito que tenham sido bacanas também. Sinto apenas que o evento não tenha recebido o público que mereceu. Talvez seja apenas uma questão de hábito, afinal o parque é super novo e os eventos recentes. Tomara que isso mude e que o pessoal da Granja passe a prestigiar mais. Vale à pena!
Em tempo: para que não sabe, a Festa do Roubo da Bandeira é realizada há oito anos na região por Dona Zilda e senhor Pedro Coelho, que fazem parte de uma população salinense que reside em Cotia.
Por Ana Bartmann
Fotos: Ligia Vargas