28/10/2009
As chuvas da última terça-feira elevaram o nível da represa de Morro Grande, em Cotia, seguiram para o Rio Cotia e acabou transbordando na divisa entre Barueri e Carapicuíba, desabrigando aproximadamente 50 famílias, 30 de carapicuiba e 20 de Barueri. Esta é a conclusão da Sabesp que afirmou que apesar do acidente, o abastecimento de água não foi afetado por conta da existência de duas represas na região, da Graça e Pedro Beicht.
A inundação ocorreu de madrugada e apesar dos moradores acionarem os bombeiros, não foi possível utilizar botes salva-vidas por conta da força da correnteza. Assim, as famílias foram orientadas a procurar as partes altas das residêncas.
A situação mais grave foi na Vila Lourdes, onde alguns moradores não conseguiram sair para trabalhar e ainda resistem em deixar as casas e seguir para um terreno oferecido pela prefeitura de Barueri. Cerca de 30 homens da Defesa Civil do município também prestam auxílio aos moradores, observando a situação constatando que não foram registrados casos de vítimas fatais ou mesmo lesões. A Secretaria de Promoção Social serviu refeições no local para as famílias que tiveram suas casas inundadas.
Carros pipas chegaram ao local às 15h30 e iniciaram a limpeza das casas e ruas. A partir das 16 horas, quando o nível da água abaixou, Coordenadoria de Defesa Civil iniciou os trabalhos de levantamento dos prejuízos causados pela inundação. A Rua Votupoca foi a mais atingida, neste local a invasão da água chegou a 1m80. Quatro residências estão em pior situação nesta rua.
Nesta quarta-feira, 28, desde o início da manhã, a Coordenadoria de Defesa Civil e a Secretaria de Promoção Social, deram continuidade ao cadastramento das famílias e o levantamento de perdas materiais.
O Ministério Público decidiu abrir um procedimento para apurar as causas da enchente. Segundo o promotor de Justiça de Barueri, Marcos Mendes Lyra, disse que pretende verificar, entre outros pontos, se alguma obra eventualmente irregular contribuiu para a inundação que atingiu residências no limite entre os municípios.
Segundo o promotor, o principal objetivo é evitar que novos alagamentos ocorram. "Mais do que detectar a causa, vamos tentar verificar se alguma coisa pode ser feita para evitar a repetição do que ocorreu", disse. O pedido de informações será feito ao longo desta semana e o procedimento deve demorar mais de 30 dias para ser concluído.
Fonte fotos: Reprodução - TV Globo