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Resgate de animais Texto e fotos: Karen Gimenez Nos últimos dias de setembro, uma poda descuidada de árvores na Estrada do Capuava levou ao chão dois filhotes de aves de rapina que estavam em um ninho feito em um dos galhos cortados.

23/10/2012








Texto e fotos: Karen Gimenez

Nos últimos dias de setembro, uma poda descuidada de árvores na Estrada do Capuava levou ao chão dois filhotes de aves de rapina que estavam em um ninho feito em um dos galhos cortados. Um casal recolheu os filhotes e os encaminhou a uma clínica veterinária, onde os animais estão sendo cuidados e preparados para soltura na natureza.

A cena está ficando cada dia mais comum na Granja Viana e região. O desmatamento para a construção de condomínios e as podas feitas sem cuidado vêm comprometendo a vida de aves e de outros animais silvestres. Moradores preocupados com a situação tentam ajudar, resgatando animais que encontram. Mas nem sempre da forma correta. O recolhimento de maneira inadequada pode até, levar os animais à morte.

Para o veterinário Maurício Cicuti, proprietário da Aldeia dos Bichos, clínica veterinária em que os dois filhotes estão sendo cuidados, é possível reduzir o risco de morte desses animais com alguns cuidados. Ele está trabalhando na recuperação das aves e organizará a soltura.

Antes da poda e da reforma

"O cuidado deve começar por quem vai mexer nas árvores. As empresas de poda precisam olhar árvore por árvore antes de cortar, para verificar se há algum animal, seja em ninho, nos nós, ou em locais ocos", explica, lembrando que pequenos mamíferos como esquilos e gambás também sofrem com as podas indiscriminadas. "Dá mais trabalho, mas é um cuidado fundamental para a manutenção da fauna local, principalmente na primavera, quando há um maior número de filhotes em tocas e ninhos. Nessa estação, é interessante, inclusive, repensar se a poda é tão urgente".

O veterinário ressalta que esse cuidado vale também na hora de reformar ou demolir uma construção: "os animais buscam locais abrigados. Buracos na parede ou vãos nos telhados são atrativos", explica. "Daí a necessidade de se observar tudo com cuidado antes de começar a obra."

Quem encontra os animais

Quem encontra um filhote, seja de ave ou não, costuma querer recolher. "Nem sempre essa é a melhor opção. Recolher os animais, dependendo da situação, pode atrapalhar seu desenvolvimento natural", explica Cicuti. "Encontrar um filhote de ave no chão, não significa necessariamente que ele tenha caído do ninho. Pode ser um animal tentando seu primeiro vôo, por exemplo, supervisionado pela mãe. Por isso é importante observar ao redor antes de ter o impulso de pegar o filhote. A primeira providência é ficar em silêncio e olhar o céu, tentar ouvir ou ver a mãe, principalmente se o filhote estiver piando. Ele pode estar indicando sua localização para a mãe e um barulho adicional interferir nessa comunicação", complementa.

"Ao encontrar um filhote caído, é recomendável esperar pelo menos algumas horas para ver se a mãe não vem resgatá-lo. Nesse período, é possível protegê-lo do frio colocando-o em uma caixa - sem tampa - com cobertores, por exemplo, e não oferecer nenhum tipo de alimento. Até água é melhor evitar".

O veterinário alerta que a caixa deve ser colocada no mesmo local em que o animal foi encontrado, para que a mãe o localize. "Muita gente acha que protege o animal colocando-o em um galho qualquer, mas isso pode desorientar a comunicação do filhote com a mãe".

Caso a mãe não venha resgatá-lo em algumas horas, a indicação é pegar o animal e levá-lo imediatamente a um veterinário que tenha experiência com animais silvestres. "Lembrando de não alimentá-lo, pois cada espécie precisa de nutrientes diferentes, bem como cada fase da vida pede um tipo de alimento. Se o caso acontecer em um domingo pela manhã, por exemplo, em que a maioria das clinicas veterinárias está fechada, o máximo que se pode fazer é dar um pouco de glicose na proporção de um para quatro. Para cada medida de açúcar, quatro medidas de água". No caso da glicose, Cicuti faz um alerta importante: "O consumo da glicose deve ser imediato. Ela não deve ser deixada à disposição do animal, pois fermenta rapidamente e pode matar, principalmente as aves".

A última dica do veterinário é em relação ao contato com o animal. "Estamos falando da fauna silvestre, que deve viver na natureza e que por isso não pode ser humanizada. É natural que, nesses casos, principalmente as crianças queiram se aproximar, ter contato, mas isso deve ser evitado. O tratamento e a soltura devem ficar a cargo de um profissional especializado", conclui.


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