Por Mônica Krausz
Enquanto o Mega Emprendimento Reserva Raposo divulga o ritmo acelerado de suas obras por meio de e-mail marketing, mala direta, entre outras mídias, a ação popular de autoria do vereador Gilberto Natalini, ex-secretario do Verde e do Meio Ambiente da cidade de São Paulo, questiona a legalidade de seu licenciamento.
De acordo com a Dra. Amanda de Oliveira, advogada do gabinete do vereador, tal ação chegou à mesa do juiz nesta segunda-feira (04) e já na terça-feira (05) o mesmo se manifestou informando que este processo está em conexão com o processo de autos nº 1036413-06.2018.8.26.0053, em trâmite na 11ª Vara da Fazenda Pública.
Nos autos do processo indicado acima, o juiz proferiu decisão informando que as partes, autor (o vereador) e réus (o empreendimento), devem informar no prazo de 10 dias quais as provas técnicas que pretendem produzir, de modo a comprovar o que estão a alegar.
Após esta manifestação das partes, o juiz já deixou determinado que, uma vez que estas especifiquem as provas técnicas que desejam produzir, sejam nomeados os peritos para sua respectiva produção.
Segundo a advogada, as obras continuam porque, infelizmente, no ano passado a Cetesb concedeu parecer favorável à obra, caso o empreendimento atendesse a uma série de exigências ambientais, que os empreendedores garantem estar cumprindo.
Como mostramos em reportagens anteriores (veja links abaixo), na opinião do vereador Gilberto Natalini, tal empreendimento causará enorme impacto ambiental e também no trânsito da região, mesmo com o terminal e corredor de ônibus, que estão sendo prometidos pela construtora com oneração dos cofres públicos da cidade, inclusive.
Também conhecido como Raposão, o empreendimento ocupa uma área de 450 mil m2 e terá 106 torres, com apartamentos de 45 a 75m2, deverá receber cerca de 60 mil moradores, formando uma espécie de bairro com escolas, teatro, biblioteca entre outras áreas comunitárias.
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