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Privatização da Rodovia Raposo Tavares já sofre alterações por pressão de Movimento socioambiental

05/07/2024


por Mauricio Orth


Na última quarta-feira (3) dois fatos envolveram a Raposo Tavares de forma quase sincrônica. Enquanto o Governo de São Paulo aprovava a modelagem final para a publicação dos editais de concessão dos trechos denominados Rota Sorocabana e Nova Raposo, o Movimento “Nova Raposo, Não” protocolava carta solicitando um posicionamento do Prefeito de SP sobre as intervenções previstas na rodovia Raposo Tavares.


Pressão Popular

Ainda com os pórticos de pedágios, mas já com alterações devido às pressões recebidas, os lotes abrangem 553 quilômetros de rodovias. Algumas conquistas do Movimento já se materializavam:  Após a mobilização de moradores e ambientalistas, houve alteração do projeto na Rodovia Raposo Tavares. Futuramente, podem acontecer mais alterações, na medida em que o Governo também afirmou que  prevê novas audiências e as prefeituras dos municípios afetados pelo projeto dizem que as medidas ainda serão analisadas.

Entendendo que a pressão tem que ser constante, o Movimento “Nova Raposo Não” continua ativo com abaixo assinado perto de 19mil assinaturas : Na mesma quarta-feira, representantes do movimento, que reúne 96 entidades da sociedade civil, estavam na Prefeitura de São Paulo para protocolar uma carta ao Prefeito Ricardo Nunes, cobrando seu posicionamento quanto às intervenções em área urbana na Raposo Tavares contidas no Projeto “Nova Raposo”.

As Alterações

Em Cotia, haverá mudanças nos acessos à região da Granja Viana e à área urbana. Em matéria do dia 04/07, o Estadão publicou “O prefeito de Cotia, Rogério Franco (PSD), disse ter solicitado estudos à Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) para que os moradores locais tenham a opção de chegar a São Paulo sem pagar pedágio. Ele pediu também um corredor de ônibus até a capital e propôs mudanças par compatibilizar o projeto do governo com o plano de mobilidade de Cotia.”

Em São Paulo, a alça sobre o Rio Pinheiros que levaria o trânsito para a Rua Batuíra, em Alto de Pinheiros, foi suprimida e, em seu lugar, haverá uma alça conectando a Avenida Escola Politécnica à via expressa da Marginal Pinheiros.

Para reduzir o impacto em áreas verdes e nas comunidades do entorno, pode haver alterações no eixo da rodovia, pendendo para este ou aquele lado, conforme o caso. Essa mudança no eixo atual deve acontecer nas imediações do acesso à Granja Viana, no Parque da Previdência e na comunidade Piemonteses. Outros pontos ainda serão definidos.

As alterações no projeto foram mencionadas também na quarta-feira, 3, em reunião do Conselho Gestor do Programa de Parcerias Público-Privadas do governo estadual.

Nova Raposo Não

O movimento pede a imediata suspensão do projeto por considerá-lo ilegal, já que além de ferir o Plano Diretor da Cidade de São Paulo em diversos pontos, acarreta prejuízos aos moradores, comerciantes e industriais situados hoje na beira da Rodovia. O movimento entende que desapropriações de imóveis e aumento do custo de transporte pela instalação de 6 pórticos de pedágio em área urbana da Rodovia Raposo Tavares não serão suficientes para resolver o problema, pois falta uma política que priorize o transporte coletivo, o que consideram fundamental.

“Estamos aqui para denunciar a falta de democracia e os impactos avassaladores do projeto", diz Ernesto Maeda, liderança do Movimento “Nova Raposo, Não”, que entregou a carta à Prefeitura.

O outro lado

Já a engenheira Raquel França Carneiro, diretora da Companhia Paulista de Parcerias, afirmou para o portal G1  "A gente está fazendo um edital e um contrato de concessão. Agora a gente escreve as regras do jogo, coloca estimativa de investimentos, mas o detalhamento do projeto vai ser feito durante esses três anos. A gente vai ter audiências públicas com as comunidades, isso vai ser feito nesses três primeiros anos". Vale dizer que o G1 em sua matéria informou erroneamente a quantidade dos pedágios, reduzindo-os a  apenas um pórtico.

Para quem quer rodar na via expressa, um ponto bastante sensível é custo diário de locomoção pela rodovia. A ida e volta entre os quilômetros 11 e 39 da Raposo Tavares contará com 12 pedágios representando desembolso de R$15,03 por dia, somando perto de R$ 400,00 por mês.  

“A Raposo Tavares é totalmente urbanizada no trecho entre Butantã e Cotia. Esse projeto é emblemático pois pode abrir precedente para o Governo do Estado estabelecer pedágios urbanos em qualquer lugar. Daqui a pouco será nas marginais, na avenida do Estado e onde mais eles avaliarem que pode trazer recursos. Estão levando o interesse das privatizações para todos os lugares”, observa Paula Medvedeva, integrante do MulherAção Cotia, uma das 96 entidades que participam do Movimento. 

Para Ivan Maglio, ex-engenheiro da CET e pesquisador em mobilidade pela USP, a concessão é um retrocesso. "Era uma rodovia, hoje desfigurada porque está dentro de uma área urbana. É o caso de transformá-la numa via urbana, com metrô, transporte de massa, e não voltar atrás e fazer uma ampliação da rodovia entrando no território da cidade", avalia.

Antes das alterações anunciadas, cálculos do grupo técnico do Movimento “Nova Raposo, Não”, projetavam, baseados nas poucas informações e traçados precários que constam no arquivo do projeto, que apenas nas proximidades da capital, aproximadamente 5.000 árvores seriam derrubadas e 12 mil m² do Parque da Previdência seriam impermeabilizados pelo concreto e asfalto. Os cálculos foram feitos pelo engenheiro Fabio Robba, professor, arquiteto e urbanista morador da região da Raposo, que integra o Grupo de Trabalho do Movimento.

Além dos moradores, comércios e indústrias estão em risco severo de passarem por grandes desapropriações e terem obras faraônicas por anos no entorno de suas propriedades, causando inclusive, alto nível de desemprego. 

Não é de hoje

Existem projetos para melhorar a Raposo Tavares há pelo menos 20 anos, incluso um projeto do DER, que já estava com primeira fase da licitação concluída, com o município de Cotia investindo em pesquisa para fundamentá-lo. O atual governo engavetou o projeto, que já estava pronto, ignorando uma solução pouco invasiva para se resolver as questões de trânsito no trecho entre os km 19 e 29.



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