20/02/2020
Por Mônica Krausz
Um banheiro no final do corredor, uma escada vazada, o quarto do piso superior construído sobre o lavabo do piso inferior, um quadro com imagem de solidão no quarto do casal... são detalhes que podem trazer problemas para o seu lar, dificuldades nos relacionamentos e até alterações na saúde dos moradores, segundo a terapeuta de ambientes Maria Carolina Campos. Você pode não acreditar, mas mudar a cama de lugar, ou mesmo trocar de lado na cama pode fazer toda a diferença para a sua saúde. “Em uma casa sempre existe uma área regida pelo fogo. Se eu colocar um banheiro nessa área, vou ter problemas porque a água, no ciclo dos elementos, apaga o fogo”, explica Maria Carolina.
A boa notícia é que esses problemas, de acordo com a profissional, podem ser compensados e corrigidos com algumas interações de objetos e ações bem planejadas, como a colocação de um espelho em um ponto exato, uma planta, uma cortina, um quadro, um cristal energizado, talvez a troca de cor de uma parede... “Tenho uma escada vazada que não é legal para o ambiente, que eu corrigi com a colocação de plantas”, conta.
Formada em Psicologia e Design de Interiores, Maria Carolina trabalha com Feng Shui, entre outros saberes milenares, há cerca de 9 anos. Ela conta que o seu encontro com o Feng Shui aconteceu em um momento de insatisfação e questionamento profissional. “Eu já havia cursado psicologia, depois design de interiores, mas ainda achava que não havia encontrado o sentido profissional daquilo tudo, nem uma coisa nem a outra me completavam”, lembra. Foi então que caiu em suas mãos um folheto de um curso de Feng Shui. “Era um curso de curta duração no SENAC, onde eu fui introduzida às energias e a questão do equilíbrio dos elementos que o Taoísmo trata tanto na acupuntura chinesa como no Feng Shui, que têm a mesma base”. A partir daí, ela não parou mais de estudar o assunto. Fez três níveis de formação em Feng Shui no Instituto Brasileiro de Feng Shui e foi até para a índia estudar o Vastu Shastra, mais antigo ainda que o Feng Shui. E assim foi estudando varias técnicas para tratar a energia dos ambientes, como a Radiestesia, entre outras.
“Quando faço o meu trabalho de Feng Shui, preciso primeiro da planta baixa da casa para estudar a anatomia da construção, verificar onde estão os elementos e se estão equilibrados ou não. Então, utilizando o baguá, um instrumento do Feng Shui, e o pêndulo, da radiestesia, faço um mapeamento energético verificando onde estão as áreas de desequilíbrio”, explica. Depois ela envia um questionário para a família para que os moradores da casa possam trazer suas percepções sobre a casa e os problemas que estão vivendo, para identificar relações com os desequilíbrios da casa”, acrescenta. A partir daí, ela vai até o local levando este estudo e passando por todas as áreas da casa com os clientes para apontar os problemas e fazer sugestões de modificações no lar que, ao contrário do que alguns pensam, não tem nenhuma relação com decoração. Dependendo do tamanho do imóvel, essa visita pode levar de duas a quatro horas.
Maria Carolina também conta existir muitos mitos em torno do Feng Shui , que muitas vezes é confundido com decoração de ambientes. Por exemplo, fala-se muito que não é bom colocar sofá virado de costas para a porta de entrada da casa, mas há quem acredite que colocar um aparador atrás do sofá resolve o problema. "Não resolve, você não deve ter nada no caminho da entrada da casa", orienta a terapeuta.
As pessoas que buscam pelo Feng Shui querem harmonia no seu espaço. “Tanto o Feng Shui como o Xamanismo têm conhecimentos dos elementos da natureza e seus ciclos para gerar essa harmonia. Porque os ciclos da natureza são perfeitos. Se a gente não interferir, ela funciona de uma forma perfeita”, completa.
Foi pensando nessas pessoas que Maria Carolina também desenvolveu um curso básico de Feng Shui, no qual ensina como trazer harmonia para dentro de casa, como criar o seu espaço sagrado, para que se reconheçam no lugar onde vivem.
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