09/04/2021
Prefeituras da região ainda não divulgaram programação e locais.
O Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde começam na segunda-feira (12) a campanha de vacinação contra a gripe. Além de evitar complicações decorrentes da gripe causada pelo vírus influenza, a vacinação ganha uma outra importância no momento.
Com diversos estados com leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) lotados e filas de espera em função da pandemia do novo coronavírus, a iniciativa também é importante para evitar uma sobrecarga nos sistemas de saúde.
No Estado de São Paulo, a estimativa é que a campanha atinja cobertura mínima de 90% no público de 18,5 milhões de pessoas em SP.
Segundo o Palácio dos Bandeirantes, mais de 4 mil postos de vacinação fixos e volantes no SUS estadual estarão preparados para aplicar as doses nos grupos prioritários e conduzir, simultaneamente, a campanha contra COVID-19 que também está em curso.
A Secretaria de Saúde de São Paulo reforça que é fundamental que quem foi ou for vacinado contra o coronavírus priorize este imunizante. E respeite o intervalo mínimo de 14 dias para depois se vacinar contra o vírus Influenza, causador da gripe.
O cronograma da campanha é composto por três etapas que se estenderão até 9 de julho.
A primeira começa na próxima semana e é destinada aos trabalhadores da Saúde, indígenas, gestantes, puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto) e crianças com idade a partir de 6 meses até cinco anos completos. Este grupo totaliza 5,5 milhões de pessoas que poderão ser vacinadas até o dia 10 de maio.
A partir do dia 11 de maio será a vez dos idosos (pessoas com 60 anos ou mais) e dos professores das redes pública e privada, que somam mais 7,8 milhões de pessoas.
Já a terceira etapa começa em 9 de junho, alcançando 5,1 milhões pessoas com comorbidades e com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual e mental ou múltipla); caminhoneiros, trabalhadores portuários e de transporte coletivo; profissionais das forças armadas, de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade e jovens e adolescentes sob medidas socioeducativas.
Seguindo a legislação, deverão ser priorizados nas salas vacinais os idosos com mais de 80 anos e haverá triagem diferenciada e orientações para quem apresentar sintomas respiratórios.
“Vacinas salvam vidas, inclusive a da gripe, que protege contra as complicações provocadas pela doença. Ao garantir a proteção, diminuem os riscos de sintomas respiratórios graves e a necessidade de atendimento na rede hospitalar, que está dedicada a enfrentar a pandemia”, explica a diretora de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Nubia Araújo.
As prefeituras da região não divulgaram o calendário até o fechamento dessa matéria.
Em 2020, o Estado de São Paulo registrou 809 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) atribuíveis ao vírus Influenza e 119 óbitos.
Estudo sugere que vacina da gripe potencializa imunidade contra covid
Importante ressaltar que a vacina da gripe não previne contra covid-19, mas pode reforçar o sistema imunológico para combater e eliminar o coronavírus do organismo. É o que tem sugeridos alguns estudos preliminares.
Um deles foi publicado no periódico científico American Journal of Infection Control e conclui que pessoas que tomaram a vacina contra gripe apresentaram menor risco de serem infectadas pelo novo coronavírus. Para chegar a essa conclusão os pesquisadores analisaram registros médicos de mais de 27.000 pacientes em Michigan, EUA, submetidos a testes para diagnóstico de Covid-19 em julho de 2020.
Ainda segundo o estudo, “os resultados mostraram que aqueles que receberam a vacina contra a gripe no ano anterior tinham uma probabilidade significativamente menor de testar positivo, em comparação com pessoas que não foram vacinadas. Além disso, mesmo quando infectadas, pessoas vacinadas contra a gripe tiveram menor probabilidade de hospitalização e de intubação”, publicou a Revista Veja.