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Estiagem: reserva de água na região é de 50%, mas Sabesp descarta desabastecimento

14/07/2021


A ANA, Agência Nacional de Águas (ANA), classificou como crítico o volume de água na bacia do Rio Paraná. A agência formou um grupo técnico para monitorar e auxiliar a tomada de decisões sobre os recursos hídricos nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. 

Para o professor Pedro Luiz Côrtes, do programa de pós-graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente da USP, com a crise hídrica na Bacia do Paraná, cresce a preocupação de que a região metropolitana de São Paulo enfrente um cenário semelhante ao da crise de 2014 a 2016. 

Segundo o professor, os reservatórios estão com o nível mais baixo — com cerca de 82% da capacidade — do que em 2013, ano que antecedeu a crise hídrica. 

“Se hoje os reservatórios estão em um nível abaixo do que seria desejável e não tivermos uma recarga adequada, a projeção é de que daqui a um ano o nível esteja ainda mais baixo do que atualmente”, comentou.

 “Não há risco de desabastecimento neste momento na Região Metropolitana de São Paulo” respondeu a Sabesp à reportagem do Site da Granja, mas reforçou a necessidade do uso consciente da água. 

Cortês, em entrevista ao Jornal a USP, destacou que as previsões climáticas para o segundo semestre apontam exatamente para uma situação desfavorável na recarga dos mananciais na primavera e no próximo verão. “Para chegarmos a um cenário de crise de abastecimento, desse cenário de crise hídrica, é um passo muito curto”. 

De acordo com dados divulgados pela própria Sabesp, nesta quarta-feira (14) todos os 7 mananciais que abastecem a região Metropolitana operavam abaixo da capacidade, sendo que o mais crítico continua sendo o Cantareira com apenas 43,2 % de sua capacidade. 

Na região, segundo a Sabesp, o sistema produtor Cotia opera com 68,6% de seu volume operacional (em 14/7). Mas sem chuva, a pluviometria (acúmulo de água) é de 0,8 mm. A média histórica para o período é de 51,3 milímetros. 

A realidade de pouquíssima chuva não é diferente para os demais mananciais que compõem o sistema: Guarapiranga, Rio Grande, Rio Claro (que apresentou o maior volume acumulado de chuva, 3,0 mm), São Lourenço e Alto Tietê.

O Alto Cotia, que fica na Reserva Florestal do Morro Grande e integra a Represa Pedro Beicht e a Cachoeira da Graça, abastece além do município de Cotia,  parte de Embu das Artes e Itapecerica da Serra, um total de 300 mil habitantes. 

De acordo com a Sabesp, o município de Cotia é abastecido pelos sistemas produtores Cotia e São Lourenço que nesta quarta-feira (14) acumulavam respectivamente 68,6% e 67,5% de suas capacidades.

“Importante destacar que a Região Metropolitana de São Paulo tem um Sistema Integrado composto pelos sistemas Cotia e São Lourenço e também por Cantareira, Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Grande e Rio Claro. Essa integração permite transferências de água rotineiras entre regiões de acordo com a necessidade operacional, dando mais segurança ao abastecimento”. 

Segundo a companhia de abastecimento, isso é possível porque obras vêm sendo realizadas desde a crise hídrica de 2014, com destaque para a Interligação Jaguari-Atibainha (que traz água da bacia do Rio Paraíba do Sul para o Cantareira) e o novo Sistema São Lourenço. Campanhas sobre o uso consciente também são veiculadas ao longo do ano. 

Na terça-feira (13), o Sistema Integrado operava com 50,1% da capacidade, segundo dados da Sabesp. “Nível similar, por exemplo, aos 49,9% de 2018, quando não houve problemas no abastecimento”, ressaltou.

A queda no nível das represas é normal nesta época do ano devido ao período de estiagem e ao volume baixo de chuvas. 

Mesmo operando com menos de 50%  de sua capacidade, a  Sabesp afirma que os níveis são satisfatórios para passar pela estiagem (até setembro), mas a Companhia reforça a necessidade de uso consciente da água por todos, em qualquer época do ano. 

Para o professor, essa situação demanda uma gestão mais intensiva por parte da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. “Ela não se posiciona a respeito do que pode acontecer em 2022 e, obviamente,  isso causa uma dissonância na comunicação”, conclui Côrtes.


(Sonia Marques, com informações do Jornal da USP)


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