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Especialista explica sobre cada vacina e alerta que apenas uma dose não garante imunização

23/06/2021


É preciso tomar a segunda dose da vacina? Quais as comorbidades incluídas como prioritárias para vacinação contra a Covid-19? Esses são alguns questionamentos recorrentes de brasileiros no andamento da imunização no país. 

Segundo levantamento do governo federal feito em abril, 1,5 milhão de brasileiros não tomaram a segunda dose da vacina, mesmo após ter chegado o prazo do reforço da imunização. 

Na cidade de Cotia, até o último dia 16, mais de 1300 pessoas ainda não haviam comparecido aos postos para receber a segunda dose. Segundo a Prefeitura, todas as pessoas que receberam a primeira dose da Coronavac e estão atrasadas com a 2ª devem comparecer ao polo de vacinação de Cotia (em frente à Prefeitura) ou em Caucaia, toda quarta-feira, das 13h às 14h. Basta levar documento oficial com foto e CPF e o cartão de vacina que comprova que recebeu a 1ª dose em Cotia.

No caso da vacina da AstraZeneca, as pessoas devem comparecer ao mesmo polo em que receberam a 1ª dose, em qualquer dia que houver atendimento.

Em Carapicuíba, cerca de 1300 pessoas estavam na mesma situação. Neste caso a prefeitura tem feito ações com carros de som para convocar os moradores a irem aos postos receber a segunda dose, além de ações nas redes sociais e busca ativa por meio de telefonemas e dos agentes comunitários de saúde. 

O Epidemiologista do curso de Saúde Pública da Universidade de Brasília (UnB), Walter Ramalho é enfático ao explicar: “Com uma dose apenas, a eficácia é muito menor e a conversão para as células de imunidade é muito baixa.”

Por que é importante tomar da segunda dose

O especialista lembra que, antes do registro das vacinas contra a Covid-19, foram feitos estudos para avaliar quantas aplicações seriam necessárias para gerar o máximo de imunidade e frear a mortalidade. E concluiu-se ser preciso duas doses. 

“Foi pesquisado, para todas essas vacinas, a elegibilidade de apenas uma dose. E todos esses fabricantes acharam que a imunidade era muito baixa, a eficácia era muito baixa. Por isso que se passou a testar também duas doses, e o aumento da eficácia da vacina foi considerável. Hoje, alguns fabricantes ainda estão discutindo a administração de uma terceira dose para aumentar o reforço da imunidade vacinal das pessoas”, adiantou.

Atualmente, três vacinas estão sendo aplicadas nos brasileiros: CoronaVac/Butantan, AstraZeneca/Fiocruz e Pfizer/BioNTech. Todas são imunizações de duas doses. Ou seja, o brasileiro que tomou somente a primeira dose, deve tomar a segunda para que se alcance a proteção necessária. 

Ainda há contratos do Ministério da Saúde para distribuições futuras das vacinas Janssen/Johnson, União Química/Sputnik V e Bharat Biotech/Covaxin. 

O primeiro lote com 1,5 milhão de doses da vacina da Janssen chegou no Brasil na manhã desta terça-feira (22). O Governador de São Paulo, João Dória, garantiu que irá distribuir a vacina para todas as cidades. 

Uma dose ou duas doses, entenda cada vacina da Covid-19

O epidemiologista lembra ainda que há um imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que concentra a proteção em uma dose. “Nós temos hoje apenas a vacina da Johnson, a Janssen, que com apenas uma dose já confere uma boa imunidade para as pessoas. Em todas as outras, a ideia é que com duas doses tenhamos a eficácia desejada.”

Vacinas disponíveis no Brasil  e eficácias

Coronavac: Eficácia para casos sintomáticos é de 50,7%, sendo que pode chegar a 62,3% se houver um intervalo de mais de 21 dias entre as duas doses da vacina. Duas doses com intervalo entre as doses entre 14 a 28 dias após a aplicação da primeira.

 Astrazeneca: Eficácia de cerca de 70% nos estudos que levaram à aprovação, variando entre 62 e 90%. Dados de vida real recém-divulgados pelo governo britânico apontam para 90% de proteção após as duas doses. Duas doses, o prazo para aplicação da segunda dose é de até 90 dias. 

Pfizer: Já demonstrou 95% de eficácia em prevenir casos confirmados de Covid-19. O laboratório já relatou, inclusive, que a vacina funciona contra a variante sul-africana. Duas doses com prazo de aplicação para a segunda dose de 21 dias.

Janssen: Estudos da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) apontam que a dose única do imunizante é 66% eficaz na prevenção de diversas variantes da covid-19. Dose única. 

Vacinas que o Brasil ainda pode receber 

Sputnik V: A vacina recebeu liberação parcial da Anvisa para ser distribuída sob condições específicas e em quantidade limitada para alguns estados. Eficácia de 91,7%, segundo estudo da Lancet, e 97,6%, segundo o Instituto Gamaleya. Aplicada em duas doses com intervalo de 21 dias.  

Covaxin: A agência regulatória brasileira permitiu, por enquanto, o uso de 4 milhões de unidades do imunizante. A Anvisa ponderou o fato de não ter recebido relatórios da agência indiana, o curto prazo de acompanhamento dos participantes dos estudos e a inconclusão dos estudos da fase 3, etapa que atesta a eficácia da vacina. Eficácia de 78% e 100% em casos graves.  

“Agora, é claro que nós não vamos deixar para tomar a segunda dose seis meses, oito meses, um ano depois. Porque nós precisamos, antes de tudo, nos cuidar. As pessoas só estão imunizadas corretamente a partir da segunda dose. Se você tomou apenas uma dose, você não está imunizado, e os cuidados necessários com o controle do coronavírus são de extrema importância”, afirma Walter.

Dificuldade histórica

Alessandro Chagas, assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), classifica esse problema da falta da segunda imunização como histórica no país. “O Brasil tem uma dificuldade enorme de aplicar todas as vacinas que a gente tem no calendário com mais de uma dose, mesmo crianças nós temos dificuldades enormes. Se pegarmos, por exemplo, o HPV, não chegamos a 40% dos que vão tomar a segunda dose. Então, isso é histórico no Brasil.”

Acompanhe a vacinação na região

Para ele, é preciso fortalecer os sistemas de atenção básica para encontrar pessoas que não voltaram aos postos de saúde para completar a imunização contra a Covid-19 dentro do prazo adequado. “O ideal é que o agente de saúde vá buscar essas pessoas, entrar em contato com quem tem cadastro na atenção básica. O principal objetivo da vacina é evitar o caso grave. Aquele que não completa o esquema vacinal fica com isso comprometido. É um percentual pequeno, mas não quer dizer que não temos que correr atrás”, diz.

Comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde:

E quais as comorbidades incluídas como prioritárias para vacinação contra a Covid-19? O questionamento ainda realizado com frequência no país pode ser respondido com base nos detalhes do Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. O documento lista os grupos de comorbidades prioritárias. Veja abaixo quais são:

1. Doenças Cardiovasculares

2. Insuficiência cardíaca (IC)

3. Cor-pulmonales (alteração no ventrículo direito) e Hipertensão pulmonar

4. Cardiopatia hipertensiva

5. Síndromes coronarianas

6. Valvopatias

7. Miocardiopatias e Pericardiopatias

8. Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas

9. Arritmias cardíacas

10. Cardiopatias congênitas no adulto

11. Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados

12. Diabetes mellitus

13. Pneumopatias crônicas graves

14. Hipertensão arterial resistente (HAR)

15. Hipertensão arterial - estágio 3

16. Hipertensão arterial - estágios 1 e 2 com lesão e órgão-alvo e/ou comorbidade

17. Doença Cerebrovascular

18. Doença renal crônica

19. Imunossuprimidos (transplantados; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer).

20. Anemia falciforme e talassemia maior (hemoglobinopatias graves)

21. Obesidade mórbida

22. Cirrose hepática

(Fonte: Brasil 61)


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