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Castração Você sabia que para cada pessoa que nasce, nascem 15 cães e 45 gatos? Desses, metade morrerá antes de completar o primeiro ano de vida.

25/11/2009








Você sabia que para cada pessoa que nasce, nascem 15 cães e 45 gatos? Desses, metade morrerá antes de completar o primeiro ano de vida. Dentre aqueles que sobrevivem, mais da metade será abandonada nas ruas e se reproduzirá. A maioria viverá uma vida curta e miserável. Mas se engana quem pensa que só os animais de rua são um problema. As pessoas têm a ilusão de que se seu animal tiver uma cria, será fácil arrumar donos para todos os filhotes e que os futuros proprietários serão responsáveis. Enfim, para se livrar de um problema, acabam não escolhendo para quem dar. E inicia-se novamente o ciclo do abandono. O conceito de Posse Responsável de um animal consiste não só em vacinar, alimentar, dar água e identificá-lo. Também é importante castrá-lo.

Quem tem cães e gatos sabe. De repente, lá pelos oito meses de idade, o filhote fofinho e brincalhão começa a ficar adulto. E de certa forma, estranho. Ou seja, o macho passa a brigar com outros cães, fazer xixi nos móveis para marcar território e agarrar as pernas das visitas sem a menor cerimônia, entre outras artes. Já a fêmea, ao entrar no cio, irá pingar sangue pela casa, atrair o latido e até a presença dos cães da vizinhança em nosso portão.

No caso dos gatos, por sofrerem mais preconceito que os cães, os problemas são maiores. O macho fica vulnerável a acidentes, agressões de cães e, principalmente, de humanos ao irem para as ruas atrás de fêmeas no cio. É ai que os proprietários de gatos dizem "meu gato fugiu" ou "roubaram o meu gato". Gatos não fogem. Na verdade, em geral, quando desaparecem é porque morreram. Por outro lado, as fêmeas ficam miando insistentemente durante todo o período do cio. Sem contar com a gritaria no telhado. Isso tudo, sem contar com as ninhadas indesejadas que acabam indo para as ruas, onde irão sofrer maus-tratos, acidentes, adoecer e morrer. Um animal de estimação nunca deve ser motivo de transtornos aos seus proprietários, mas sim de alegria. Portanto, a solução é castrar... E quanto mais cedo, melhor!

Um ato responsável

E atenção homens! É comum o proprietário encarar a castração como uma mutilação. Ou então que macho castrado fica frouxo e que a fêmea deve ter pelo menos uma cria. Tudo lenda! A "atividade sexual" dos animais tem unicamente fins reprodutivos. Lembramos que o gato se reproduz de três em três meses, e o cachorro de seis em seis. Portanto, fica difícil encontrar um lar para todos, não? Assim, devemos levar em conta as vantagens para o animal e para seu dono. A castração previne doenças, distúrbios comportamentais (gravidez psicológica), tumores mamários ou de próstata. Também é rotina nas clínicas veterinárias as cirurgias emergenciais em virtude da piometra, uma infecção uterina muito grave que pode matar em poucas horas. Já nos machos, o aumento de testosterona induzido pelo cheiro de uma fêmea no cio aumenta a agressividade. Os animais fogem de casa para acasalar, brigam, são atropelados, provocam acidentes, agridem pessoas...

Outra vantagem da esterilização é que, nos animais castrados, o cheiro forte e a frequência da urina diminui. Ou seja, a castração contribui para o aumento da longevidade do animal, seu bem-estar e facilita o convívio com os seus donos. Não se preocupe, é uma cirurgia rápida, feita com auxílio de anestesia e medicamentos antiinflamatórios sendo que o melhor período para a sua realização é aquele entre os seis e oito primeiros meses de vida do animal. Entretanto, não há qualquer problema se for realizada em animais adultos. Portanto, não abandonem seus animais. Se você não pode assumir a cria de seus pets, castre-os.

Angela Miranda
Jornalista, Geógrafa e moradora da Granja Viana há mais de 20 anos.



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