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Carta do Projeto Âncora Regina Machado Steurer, fundadora e conselheira fala da situação atual

12/05/2020


Há 25 anos Walter Steurer me  fez um convite. Chega de ganhar dinheiro, ele disse, agora quero usar o dinheiro que tenho para devolver ao país o que dele recebi, você me ajuda? 

Ajudei! E em setembro de 1995, junto com queridos amigos, Rita Prata Barbosa, José Eduardo de Lima Barbosa, Valter Lulei, Caio Bezerra Albuquerque assinamos a ata de fundação do Projeto Âncora. 

Meu escritório desenvolveu o projeto de urbanismo e arquitetura e em menos de um ano quase tudo já estava pronto e em funcionamento. 

O Âncora chegou a atender 700 crianças e jovens divididos em dois turnos, em atividades de esporte, arte, cultura, creche, educação infantil e cursos profissionalizantes. Walter morreu em 2011. Em 2012 passamos a oferecer também os serviços de educação formal com Ensino Fundamental e Médio.

Desde 2015 vimos sofrendo com a crise econômica e política que se abateu sobre o país, mas também uma crise interna de propósito e razão de ser. A pandemia chegou em hora de enorme fragilidade da instituição, por falta de verba já não foi possível abrir a escola este ano, obrigando a demissão de todo o corpo pedagógico, e em março suspendemos as atividades do serviço social por causa da pandemia. O Projeto Âncora tem dívidas que deverão ser pagas nos próximos meses. Até lá esperamos estar em condições de decidir sobre nosso futuro.

Hoje, como toda a humanidade e suas organizações, também nós estamos perplexos e aguardando desanuviar para enxergar melhor qual mundo virá e qual missão ainda poderá ser assumida pelo Âncora e pelas pessoas que ainda sustentam o sonho fundador de que fôssemos "um lugar de aprendizado, prática e multiplicação da - e na - cidadania". Alguns lampejos de lucidez apontam para olharmos com carinho uma outra economia, uma outra forma de aprender, uma outra forma de se relacionar, uma outra forma de conviver com a cultura e o planeta. Coisas que já sabíamos, mas que teimávamos em adiar.

Não poderemos mais fazer de conta que está tudo bem e normal. Enquanto existirem hordas de miseráveis excluídos das riquezas, hoje mais concentradas do que nunca, enquanto a mãe terra estiver sendo explorada à exaustão ameaçando todo sistema de vida, não podemos seguir com a normalidade dos dias. 

Qual será nossa missão como Âncora e como humanidade, não sei. E que bom que não sei. Porque agora, não mais como em 1995, quando decidimos, eu e Walter sozinhos, o que seria bom para os outros, ou como em 2012, quando também decidimos, uns poucos, que tipo de educação formal ofereceríamos à comunidade, hoje espero não fazer mais nada que não seja em comunidade.

Pedimos a todos que puderem que continuem nos dando suporte nesse momento para que possamos honrar a história, o legado e todas as pessoas que nesses 25 anos passaram pela entidade e ajudaram a tornar o mundo melhor.

Regina Machado Steurer

Fundadora e Conselheira


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