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Bullying - Um dos males globais deste século: Para onde estamos indo e conduzindo nossos filhos?

19/09/2024


Profa. Dra. Maria Cecília Castro Gasparian 
Psicóloga, Pedagoga, Psicopedagoga 
Terapeuta de Família  


Dizem que "ninguém ganha no confronto com um perverso. O máximo que se consegue é aprender algo sobre si mesmo." Para mim, o bullying é, essencialmente, um ato de perversidade contra outro ser humano.


O bullying, uma agressão verbal, física ou psicológica repetitiva, tem afetado jovens em todo o mundo, seja nas escolas, nas redes sociais ou em outros espaços públicos. Embora não seja um problema novo, sua gravidade aumentou na era digital, onde o cyberbullying rompe as barreiras físicas. É um fenômeno global com raízes profundas, resultando em tragédias como o suicídio de crianças e adolescentes, destruindo famílias e impactando toda a sociedade. Diariamente presenciamos episódios nas escolas, que muitas vezes têm dificuldade em lidar com a questão. O Brasil, assim como o resto do mundo, tem sido palco de casos chocantes, reforçando a urgência de ações globais. Basta observar os noticiários para compreender a dimensão dessa tragédia.


Causas Sociais e Impactos


As causas do bullying refletem dinâmicas sociais maiores, como desigualdade econômica, exclusão social e falta de educação emocional. Muitas vezes, crianças que vivem em ambientes familiares disfuncionais canalizam suas frustrações agredindo colegas, numa tentativa de exercer poder. As redes sociais, com seu anonimato e impunidade, se tornaram um terreno fértil para essa prática.


Os efeitos para as vítimas são devastadores. Além de depressão, ansiedade e baixa autoestima, o bullying pode levar ao isolamento social e abandono escolar. Nos casos mais extremos, o sofrimento culmina em suicídio. Esses jovens se veem presos em um ciclo de violência do qual acreditam não poder escapar.


Medidas de Combate


O combate ao bullying exige uma abordagem que envolva famílias, escolas, governos e plataformas digitais. No Brasil, a Lei 13.185, de 2015, criou um programa de combate ao bullying, obrigando as escolas a implementarem medidas preventivas e de apoio às vítimas. Contudo, a eficácia dessas políticas depende do comprometimento das instituições em promover ambientes inclusivos e seguros. As escolas precisam investir em formação contínua de professores e maior participação familiar.


Nos EUA, o caso de Phoebe Prince, uma jovem de 15 anos, vinda da Irlanda, que sofreu bullying contínuo, resultando em seu suicídio, levou à criação de leis mais rígidas em vários estados. Massachusetts, por exemplo, passou a exigir que as escolas monitorem e relatem incidentes, além de promover programas focados em empatia e resolução de conflitos. Ainda assim, o desafio persiste, especialmente com o crescimento do cyberbullying, mais difícil de rastrear e punir.

Conscientização: Um Caminho Necessário


A conscientização é uma das principais armas contra o bullying. Programas que ensinam empatia, diversidade e habilidades de convivência podem reduzir as agressões. É essencial também que as vítimas tenham acesso a apoio psicológico, mas não podemos esquecer de trabalhar com os agressores.


No bullying, existem o agressor, o agredido e a plateia, que pode incentivar, ignorar ou tentar ajudar. 


Casos que levam ao suicídio são um lembrete trágico da gravidade do problema e da necessidade de uma resposta eficaz. A luta deve ir além da punição legal, promovendo uma cultura de paz, respeito e inclusão, onde todos os jovens se sintam seguros e valorizados.


Finalizo com uma citação de Franz de Waal, em seu livro Eu, Primata: "Podemos tirar o primata da selva, mas não a selva do primata"

Aos 75 anos, com mais de 50 anos de docência, lamento não ter conseguido ensinar isso à maioria dos meus alunos – que hoje são pais. Mas tenho a esperança de que ao menos um tenha aprendido. Isso já me faz mais feliz. 


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