03/10/2024
Atualmente faz parte da equipe de alergologia na Rede D'Or São Luiz e é responsável pelo ambulatório de alergia do Centro de Especialidades em Barueri, atuando também como preceptora de residentes e internos do curso de Medicina da USCS. Ah, e ainda é Membro da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia.
Mas o que viemos falar aqui é de seu trabalho e da mudança do seu consultório para a Doutores da Granja. Na verdade um retorno, vamos ver os detalhes?
Site da Granja (SG): Qual sua relação com a sua profissão?
Dra. Isabel Porto (IP): Eu tinha 18 anos, bem jovem, desde pequena gostava de estar com meus médicos, os admirava.. Sempre gostei de cuidar de pessoas. Eu gostava muito também da área biológica, e acho que tudo isso me atraiu para a profissão.
SG: Sobre sua história, como chegou a esse campo na medicina?
IP: O meu campo da alergia e imunologia foi escolhido por dois motivos: Eu fui uma criança asmática, e com muita rinite também e com isso eu sofri bastante em períodos da minha infância. Não tinha todo o tratamento que nós temos hoje, então eu ficava bem mal mesmo... e acho que por não querer que meus pacientes passem pelo que eu passei na infância, eu escolhi a área que trata asma, rinite, dermatite, porque são doenças bem incapacitantes, atrapalha a criança brincar, ir para escola, estudar...
SG: Como você vê a alergia? Como a explica?
IP: Vejo a alergia como uma resposta exagerada do sistema imunológico a alguma coisa que uma pessoa sem alergia não reagiria tão intensamente. Explica-se de uma forma assim: é como se para você fosse tudo muito grande, qualquer poeira você reage com intensidade, um alimento você reage com intensidade... então o alérgico é um hipersensibilizado.
SG: Quais são as causas mais comuns?
IP: As causas mais comuns, depende da alergia, mas em geral a gente tem como causa a poeira, ácaros, fungos, alimentos, medicamentos, e produtos químicos e industrializados. Neste tempo moderno, com alimentos muito processados, industrializados, muito contato com agentes químicos, tem aumentado mundialmente a incidência da alergia, tanto a alimentar quanto a respiratória.
SG: Quais pessoas estão mais propícias? Existe alguma relação com hereditariedade?
IP: A alergia, realmente, é um problema de caráter hereditário. A chance de filhos de pais alérgicos desenvolverem sintomas chega a ser de 50% maior do que uma criança filha de pais não alérgicos, portanto sim, a hereditariedade é um componente muito importante na alergia.
SG: E os bebês? Excesso de proteção ao bebê no contato com elementos da natureza pode aumentar a possibilidade de desenvolvimentos de alergias?
IP: Sim. Sobre o excesso de higiene no bebê ou na criança, que poderia aumentar a possibilidades de alergias, isso é verdade e é chamada “teoria da Higiene”. Trata-se de uma hipótese que defende que a falta de exposição à microrganismos e parasitas durante a infância faz com que o sistema imunológico não seja estimulado. Neste caso, então, aumenta-se o risco de desenvolver doenças alérgicas e doenças autoimunes... então o excesso de higiene não é bom, nem para o bebê, nem para a criança. O contato com microrganismos e parasitas faz com que ele seja estimulado e aí ele fica um pouquinho mais preparado para ter contato com outras coisas lá na frente.
SG: Há uma relação entre uso de remédios (neste caso os antibióticos) e a incidência de quadros alérgicos?
IP: Sobre o uso indiscriminado de antibióticos, quanto mais você se expõe a um medicamento, maior chance você tem de desenvolver duas coisas: a possibilidade de desenvolver uma resistência bacteriana a esse antibiótico e a possibilidade de você alterar a sua microbiota intestinal, que tem um papel importante no seu sistema imunológico. Desta forma, sem a microbiota intestinal e sem o seu papel de proteção imune, você fica mais suscetível a alergias, tanto a medicamentos, como alimentar .
SG: O que fazer para diminuir a frequência de crises?
IP: Para conseguir diminuir a crise, dependendo da alergia, a gente tem que afastar o fator desencadeante, ou alergênico, e também fazer o tratamento adequado para diminuir a intensidade das crises. Não é uma cura para a alergia, mas é um controle e melhora da qualidade de vida do alérgico.
SG: E como chegou na Granja Viana?
IP: Eu morei aqui, tenho bastante carinho, hoje moro em são Paulo, mais pra frente penso e quero voltar para a Granja. Acho um lugar maravilhoso, um lugar ainda com bastante verde, gosto muito do granjeiro, da forma de lidar com o meio ambiente, da forma de cuidar do lugar onde mora, e por este motivo, eu escolhi a Granja Viana para ter o consultório, por ter um carinho especial por esse povo e essa região.
SG: Como está o novo consultório? Foi bem recebida na “Doutores da Granja”?
IP: O novo consultório, no Doutores da Granja está uma graça, maravilhoso, uma equipe ótima, um espaço físico muito agradável. Sou suspeita para falar porque eu já fui da DG e estou retornando com muito carinho.
SG: O que a orgulha mais?
IP: Sou bastante entusiasmada com as novidades, os tratamentos modernos, onde podemos alcançar muitos resultados positivos, e é com muito carinho que eu gosto de ver o meu principal objetivo: ver meu paciente bem, bem cuidado, bem amparado!
Agora atendendo no
Doutores da Granja - Centro Empresarial Granjardim - Avenida São Camilo 980, Cotia, São Paulo
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