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Adote um focinho e ganhe um amigo A ONG de proteção a cães atua na região há 18 anos

03/10/2018


Por Mônica Krausz 

Imagine uma pessoa que sempre viveu em apartamento, que nunca teve um cãozinho, que tinha medo de cachorro e que de repente se torna uma protetora incansável dos peludos de quatro patas. Essa é Mônica Di Ciomo, fundadora da ONG Adote um Focinho, que atua na região há 18 anos. “Quando vim morar aqui na Granja em uma casa, todo mundo me dizia que eu precisava ter cães de guarda, então comprei – e jamais faria isso de novo porque cão não se compra - duas cadelas da raça Dog Alemão. Aí comecei a reparar na grande quantidade de cãezinhos que a gente encontrava pelas ruas“, conta. E foram essas duas primeiras cachorronas que a despertaram para a causa animal. 

“Eu as via tão bem tratadas e percebia a diferença nos cães que a gente encontrava nas ruas. Antes era muito pior, porque hoje já existem muitas protetoras na região, mas a gente sempre encontrou muita crueldade nas ruas“, lamenta. “Aqui a gente vê casos de animais que são abandonados pelos donos porque vão se mudar e simplesmente abrem o portão e vão embora“. 

No começo, Mônica recolhia os animais, cuidava, levava ao veterinário, vacinava, castrava e depois deixava em um hotelzinho, postando fotos num site até achar um dono pra eles. Hoje seu trabalho é ainda muito maior. Em 2004 ela conheceu Miriam Ebert que se tornou sua parceira neste empreendimento. “Como a gente não conseguia manter os cães nos hotéis por ficar muito caro, a gente começou a colocá-los em um terreno abandonado no Jardim da Glória, que limpamos e arrumamos para eles“, lembra. Naquela época elas já tinham mais de 30 cães sob seus cuidados! 

Anos depois de ocupar aquele terreno, o proprietário apareceu e lhes deu um bom prazo para retirar os cães. Elas conseguiram então que o programa Late Show, de Luiza Mel, fosse ao local fazer uma reportagem sobre os cachorros que precisavam se mudar. A notícia chamou a atenção do empresário José Borges que se comoveu com a história e doou um terreno na região para a ONG se instalar. Hoje, na área onde estão, os cães ficam em baias, com espaço coberto e uma área aberta para brincar. 

Com trabalho incansável de sol a sol e a ajuda de seis funcionários contratados, hoje elas cuidam de 138 cães, alguns já idosos e com algum problema de saúde, com pouca chance de adoção. Suas maiores despesas são a folha de pagamento dos funcionários, o tratamento de enfermidades dos animais e sua alimentação - eles consomem nada menos que 1.3 tonelada de ração por mês, mais de R$ 3.000 mensais só de ração! Segundo Mônica, mesmo com as doações que recebe, a ONG ainda não é autossuficiente e elas acabam tendo de colocar dinheiro do próprio bolso para manter os animais. 

Infelizmente, os gestores das cidades da região em nada contribuem para a causa animal, nem com o básico, que seriam campanhas permanentes de castração. “Quando fazem algum mutirão de castração são para poucos animais, por pouco tempo e nem chamam as protetoras“, conta. 

Para ela, o grande apoio vem das pessoas que contribuem mensalmente e do Veterinário Gilberto Mamoru Baba, da Clínica Mundo Animal, em Vargem Grande, que pratica preços diferenciados para a ONG como uma forma de contribuir com o trabalho.


Você também pode ajudar! 

• Em vez de comprar um cão, adote! 
• Doe ração, material de limpeza, jornais... 
• Divulgue o trabalho da Adote um Focinho 
• Ajude a encontrar um dono para os cãezinhos 
• Contribua com um valor mensal ou quando puder 

Para contribuir com qualquer quantia: 
Associação "CASA DA PASSAGEM SÃO LÁZARO" 
CNPJ: 08.133.246/0001-43 
Banco Itaú (n° do banco 341) 
Agencia: 8960 / Conta: 24.130-8 
Saiba mais em http://www.adoteumfocinho.com.br


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