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Adoção e maternidade: maior amor Nesta semana em que se comemora a Adoção, a Câmara de Vereadores de Cotia, por meio de sua vereadora Ângela Maluf e da Primeira Dama da Câmara Adriana Vieira, esposa do vereador Paulinho Lenha, Presidente da Casa, promove dois eventos em homenagem às mães.

11/05/2017








Nesta semana em que se comemora a Adoção, a Câmara de Vereadores de Cotia, por meio de sua vereadora Ângela Maluf e da Primeira Dama da Câmara Adriana Vieira, esposa do vereador Paulinho Lenha, Presidente da Casa, promove dois eventos em homenagem às mães. O primeiro deles aconteceu nesta segunda-feira, 8, das 9 às 12 horas, e tratou do tema da adoção. Sexta feira, 12, o tema discutido será o Amor sem limites, que abordará a experiência da Maternidade.

A vereadora Ângela Maluf abriu o evento falando da alegria de receber naquela Casa de Leis pessoas tão envolvidas com a Alteridade, ou seja com a capacidade de se colocar no lugar do outro, no lugar dos pequeninos. E falou também da exposição de bonecas resgatadas do lixo que estava bem na entrada da Câmara e trazia toda uma simbologia de resgate e de oportunidade de trazer alegria para uma criança e para um lar por meio da adoção. A Primeira Dama da Câmara, Adriana Vieira, agradeceu a presença de todos afirmando acreditar que a adoção é um ato de amor capaz de transformar o mundo.

Em três horas de um encontro riquíssimo em informações foram abordadas questões de extrema importância, como as novas leis de Adoção, projetos de lei em discussão hoje, o Cadastro Nacional de Adoção e as suas falhas, a fila da adoção, a adoção de crianças deficientes ou com problemas de saúde, os passos para a adoção, os preconceitos e dificuldades pelos quais ainda passam os pais adotivos, os motivos que levam uma mãe a abandonar ou entregar o seu filho para adoção, o amor do filho adotivo pelos pais adotivos e o desejo de conhecer a família biológica. E também o perdão, entre outros.

Sobre as leis de adoção - Dr. Hélio Ferraz, advogado especialista em adoção e pai adotivo, comentou que em 2012, por exemplo, foi estabelecido no Estatuto da Convivência Familiar que nenhuma criança deve ficar mais de 2 anos em um abrigo, prazo a partir do qual o juiz deve decidir ou pela destituição do poder familiar ou pelo retorno da criança à sua família biológica. O que infelizmente ainda não se conseguiu, já que as crianças continuam crescendo nos abrigos enquanto a maioria dos candidatos a adoção procuram por bebês.

Hoje, segundo o advogado, o maior problema relacionado à adoção é a quantidade de “inadotáveis”, adolescentes abrigados que não conseguem adoção por causa da idade. "Eles foram vítimas da ausência de políticas públicas que lhes possibilitassem voltar para suas famílias de origem ou ser encaminhados para famílias por adoção”, afirmou. Por outro lado, Ferraz chamou a atenção sobre novas propostas de mudanças na legislação que, visando facilitar a adoção de adolescentes, podem acabar afastando pretendentes à adoção que sonham adotar uma criança, lembrando que ela deve acontecer por amor e pela plena realização de um sonho e não por caridade.

Para o advogado, os candidatos à adoção devem ser orientados e sensibilizados para essa questão, mas não obrigados a adotar um adolescente se sonham ter um bebê. Por isso a importância dos grupos de apoio à adoção que apresentam novas configurações de famílias possíveis para os candidatos.

Os passos da adoção - Rita de Cássia Silva, Assistente Social do Lar Agrícola de Cotia, que trabalha lá há 30 anos, abordou os passos que devem ser dados por quem pretende adotar. A primeira ação é procurar o fórum da região de sua residência e providenciar as documentações lá solicitadas. Depois inicia-se um processo de entrevistas com psicólogos e assistentes sociais até que seja dada a habilitação para a adoção. Rita também falou da importância do apadrinhamento afetivo, da ansiedade das crianças abrigadas pela adoção e da tristeza dos casos de devolução de crianças. Encerrou com uma bela frase: “O filho biológico se ama porque é filho, o filho adotivo é filho porque é amado.”

Adoção de crianças com deficiência – Um dos momentos mais emocionantes do encontro ocorreu quando a especialista em deficiência e inclusão social, Eliane Cristina Baatsch, apresentou o filme de animação Cuerdas, que conta uma história de inclusão e adoção dentro de um abrigo. A especialista abordou a dificuldade em conseguir a adoção das crianças especiais. Em seguida, Adriana Vieira contou sobre sua convivência com o irmão deficiente e sobre o quanto aprendeu com ele.

Reordenamento dos serviços de Acolhimento - Filósofo, Nelson Aldá Filho, Presidente do GAAC (Grupo de Apoio à Adoção de Carapicuíba e Região), trouxe mais reflexões para aquela manhã. Falou sobre a responsabilidade dos guardiães dos serviços de acolhimento, também chamados de abrigos. “Nós temos que fazer um reordenamento nos serviços de Acolhimento, o abrigo tem de ser provisório e tem de ser excepcional’’, disse. “É preciso fazer um Plano Individual de Acolhimento (PIA) que projete o encaminhamento da criança ou para a família biológica, ou para a família extensa ou para uma família adotiva”, sugeriu. Segundo explicou, dentro desse plano a situação da criança deve ser reavaliada a cada 6 meses para que ela seja encaminhada para uma família o quanto antes.

Te amo até a lua – Mãe adotiva, a jornalista e escritora Ana Davini, autora do livro "Te amo até a Lua", falou sobre o seu processo de adoção, a pesquisa que realizou para esse fim e a sua busca para encontrar formas de agilizar os processos de destituição do pátrio poder, para poder encaminhar as crianças mais cedo para adoção. “Eu já realizei o meu sonho, mas não me conformo que tantas crianças estejam nos abrigos ainda, que o Cadastro Nacional não funcione, que o prazo máximo de dois anos de institucionalização não seja respeitado, que o artigo 277 da Constituição não esteja sendo acatado e que tantas crianças estejam crescendo dentro das Instituições’, disse. E trouxe algumas tabelas, de uma triste matemática, que demonstraram existir mais pretendentes a adoção do que crianças abrigadas, porém que o perfil sonhado pelos pretendentes não bate com o perfil das crianças que estão disponíveis para adoção.

A mãe que abandona – Mônica Krausz, mãe adotiva e Jornalista Amiga da Criança (título concedido pelo Agência Nacional dos Direitos da Infância, em 2002), hoje atuando no Site da Granja, também deixou seu relato sobre a o amor incondicional de mãe para filho, mas lembrou das mães biológicas, que antes de abandonar seus filhos muitas vezes também foram vítimas de abandono de seus parceiros e de seus próprios pais.

Filhos de duas mães – Filho de duas mães, Luis Sadi contou que quando foi acolhido por sua mãe biológica, era um bebê doente dentro de uma caixa de sapatos. Foi criado com tanto amor que cresceu sem rancor da mãe biológica, que um dia teve a oportunidade de conhecer e perdoar, já que a sua coragem de entregar o filho para outra foi o que lhe possibilitou a vida.

Criar processos e estruturas para promover a adoção - Dr. Ricardo Navarro, Promotor Público em Cotia, falou da atuação da promotoria na infância e juventude e sobre a importância de ouvir os técnicos, psicólogos e assistentes sociais no encaminhamento dos processos de adoção. “Temos de lutar muito para acelerar os processos de adoção, mas acelerar sem perder a qualidade na avaliação dos processos. E para isso precisamos criar estruturas com bons técnicos e não de apadrinhados políticos.”

A criança não pode esperar, seu nome é hoje - Encerrando o encontro, o Juiz de Infância e Juventude de São Paulo, Dr. Antônio Augusto Guimarães de Sousa, enfatizou a importância da atuação dos juízes e técnicos nos processos de adoção, criticando, inclusive o exagerado apego à fila da adoção, já que muitas vezes ela desconsidera o interesse primordial da criança. “A fila não é essencial e não é absoluta”, disse. Para ele, se há vínculos entre a criança e os pretendentes, esse vínculo tem de prevalecer à fila. O Juiz se posicionou a favor das adoções diretas e adoções internacionais, que levam em conta o interesse da criança em primeiro lugar.

O Site da Granja parabeniza as organizadoras do evento pela iniciativa de reunir essas pessoas para uma discussão tão profunda e importante.




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