09/09/2005
Esta é uma dúvida que muitas pessoas tem e é de fácil explicação. Em uma outra oportunidade contarei a história do surgimento de todos os tipos, já que é um assunto muito vasto. Vamos às diferenças.
Cava – É um espumante espanhol. Quando vem no rótulo escrito Cava, significa que o método de fabricação foi o tradicional, que se chama Champenoise, que é a segunda fermentação na garrafa. É produzido em várias regiões da Espanha, mais em Penedés (que é uma boa alternativa para o Champagne, que se encontra cada dia mais caro) que se encontra a grande produção. Na minha opinião, a Cava é um pouquinho mais doce que o Champagne, falta um pouco de acidez para contrabalançar este açúcar. A Cava é feito com uvas locais. O corte típico é: Macabeo (a Viura, de Rioja ), dá o caráter frutado e a elegância; a Xarel-lo, a acidez, o corpo; e a Parellada, o aroma e a maciez. Atualmente, a Chardonnay que ficou autorizada, já participa de alguns cortes.A Cava é um espumante tranqüilo de se tomar e fica ótima com um aperitivo.
Champagne – É o espumante mais famoso e requintado do mundo.Produzido na França, na região de Champagne, que se localiza bem ao Norte. É envolto em muitas lendas (algumas já contadas nesta coluna) e está ligado às grandes ocasiões mundanas. Um fato que não podemos deixar de comentar, é que existia um padre, chamado Dom Perignon, a que muitos acreditam a invenção deste maravilhoso espumante. O fato é que ele criou moda e muito do que se falam é lenda mesmo e alguns outros fatos realmente são verdadeiros.
Feito somente com três tipos de uvas. São elas: Pinot Noir (que dá corpo, personalidade), Pinot Meunier (dá robustez e é a menos cotada das três) e a Chardonnay (dá elegância e o aroma).
O método de fabricação é o tradicional – Champenoise, que como citado, é a segunda fermentação que ocorre na garrafa. E O MAIS INTERESSANTE É COMO O CHAMPAGNE É FEITO: PRENSAGEM, GASEIFICAÇÃO, REMUAGE E DÉGORGEMENT.
Por que ele é único? Primeiro porque Champagne é uma região muito, mas muito fria. O que dá uma uva ácida, resultado de uma colheita precoce e um vinho de muita acidez; o que é extremamente facilitador para a produção do espumante. Quer dizer, as condições geo-climáticas são únicas e geram um espumante único no mundo. O que é interessante desta região, é que o vinho de lá gaseificava naturalmente, desde os tempos de Dom Perignon. Até ele desistiu de procurar desvendar o mistério de existir gás no vinho. Mais tarde este gás virou “marca registrada“ apreciado e adorado pela corte até os dias de hoje.
Prosecco – É um espumante de origem italiana, mais especificamente na região de Vêneto, que fica no Norte da Itália. Feito com uma uva local que se chama Prosecco, dá vinhos brancos secos e ligeiros. Além da diferença da uva, difere do Champagne e da Cava no tempo de envelhecimento e no método de vinificação, além do solo e clima de cada região. No caso do espumante italiano, as cepas são: um mínimo de 75% de Prosecco com o restante de Pinot Bianco, Pinot Grigio, Verdiso ou Chardonnay; quanto ao envelhecimento, não há um tempo mínimo, mas o praticado é de cerca de seis meses. O método mais utilizado para a elaboração destes vinhos é o "Charmat", com duas fermentações. A segunda ocorre em grandes tanques de aço inoxidável. Alguns produtores utilizam o método tradicional da região, com apenas uma fermentação, dando origem a uma bebida mais leve. O que é bem diferente é que a Cava e o Champagne, passam por duas fermentações, a segunda delas sendo na própria garrafa e que se chama Champenoise.
Prosecco é um espumante mais leve, menos alcoólico, menos ácido e mais aromático e frutado. É mais tranqüilo de se beber e combina com aperitivo e com refeições e tem um preço tentador.
Outros espumantes: Existem tantos outros espumantes no mundo que não sejam estes, que perdemos a conta. O Asti Espumante do Piemonte, feito com a uva Moscato, os espumantes nacionais, feitos com uvas Moscato, Prosecco, etc, espumantes portugueses, alguns feitos com a casta Baga, espumantes argentinos, espumantes alemães e por ai vai. Existe uma infinidade deles e que valem a pena serem conhecidos também.
Abraços,