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O Mundo e o segundo mandato de Bush No dia 20 de janeiro o presidente George W

27/07/2005



No dia 20 de janeiro o presidente George W. Bush iniciou oficialmente seu segundo mandato como presidente da maior potência mundial. A tradição mostra que nos Estados Unidos o segundo mandato presidencial sempre desperta menos interesse das classes políticas e perde rapidamente sua conexão com a realidade. Em breve o Congresso norte-americano orientará seus interesses a articulação das eleições legislativas de 2006 e depois disso o presidente já será praticamente “carta fora do baralho”.

Pode-se dizer muita coisa sobre o presidente Bush, e geralmente não se trata de nenhum elogio, mas não se pode negar que seu primeiro mandato provocou mudanças radicais em relação ao seu antecessor. Mudanças que foram sentidas nos Estados Unidos e, em igual proporção, em todo o mundo. Bush e sua política externa deram uma guinada na orientação externa que Clinton imprimiu aos Estados Unidos durante quase toda a década de 90. Bush transformou as forças armadas e fez duas guerras em pouco mais de três anos. Os desafios externos são de todo o tipo e alguns de complexa solução. As eleições no Iraque fazem parte de um compromisso maior, bastante controvertido, de levar democracia ao Oriente Médio. Há alguma possibilidade real de se levar democracia aquela região do mundo? Motivada por uma intervenção externa? Difícil imaginar. A tentação de deixar o Iraque assim que realizar as eleições, dizendo que a democracia foi instaurada, enquanto soldados ainda morrem em combate contra resistências internas deve ser evitada. Ainda no Oriente Médio, Bush terá que lidar com a retomada das negociações de paz entre o novo líder palestino, Mahmoud Abbas, e o inflexível primeiro-ministro israelense Ariel Sharon. No “eixo do mal” ainda restaram dois adversários políticos com capacidade de destruição nuclear que não economizam ameaças e provocações: o Irã no mundo islâmico e a Coréia do Norte, no extremo oriente. China e Rússia, por diferentes razões, tem sido tanto parceiros quanto uma pedra no caminho. Os dois são membros do Conselho de Segurança da ONU, instituição que também aguarda a boa vontade americana para iniciar uma reforma ansiosamente esperada pela comunidade internacional. Embora tenha pouca popularidade na Europa, a parceria atlântica foi mantida durante o primeiro mandato de Bush. Em boa parte por causa do apoio de Tony Blair, que consolidou o Reino Unido como uma espécie de irmão mais novo (contrariando a lógica histórica) no apoio às ações dos Estados Unidos mundo afora.

Bush realizou mudanças em todo o gabinete. Para a secretaria de Estado, no lugar de Colin Powell, nominou a assessora Condoleezza Rice. Para a secretaria adjunta, Robert Zoellick, ex-secretário de comércio, conhecido dos brasileiros por estar vinculado as negociações da OMC e da ALCA. Rice terá a missão de retomar os laços políticos com aliados fundamentais, principalmente Alemanha e França, e mais recentemente Espanha, porque sabe que necessitará de seu apoio político e econômico em diferentes frentes. A idéia dos republicanos mais arrogantes era a de que os aliados acabariam seguindo os americanos de qualquer maneira. Não foi o que se verificou com a invasão do Iraque, nem com o apoio tendencioso dos Estados Unidos a Sharon no ano passado, e muito menos com a posição de manter ou não o embargo de fornecimento de armas à China. Bush sabe que chegou o momento de fazer mais política. No entanto, permanece a dúvida sobre a capacidade de seu gabinete em reverter a percepção de importantes aliados mundo afora. Além dos europeus há também aliados latino-americanos com expectativas. É sabido que a América Latina continua em posição pouco relevante da agenda externa dos Estados Unidos. Em parte o fato é positivo, já que os pontos de tensão no continente, especialmente o caso crônico de Cuba, o governo de Chavez na Venezuela e a guerrilha colombiana, não são problemas de grande envergadura. Não implicam nem de longe alguma questão de interesse vital aos Estados Unidos. Por outro lado, fica implícita a percepção norte-americana de que as Américas são sua área cativa de influência e menos energia e recursos devem ser concentrados na região.

Em pronunciamento ao Senado, Condoleezza Rice citou o Brasil como parceiro chave para a manutenção da presença dos Estados Unidos na região. Não é a primeira vez na história que isso acontece. Se em seu segundo mandato, Bush realmente mostrar mais interesse em ouvir e menos em ordenar, poderá haver avanços. Até mesmo diante das posições gratuitamente refratárias que os representantes do Ministério das Relações Exteriores do Brasil tem manifestado em relação aos Estados Unidos.


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