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O futuro do ocidente: relações entre Europa e EUA As recentes viagens à Europa da secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, e posteriormente do presidente George W

04/08/2005



As recentes viagens à Europa da secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, e posteriormente do presidente George W. Bush, deixaram no ar uma pergunta relevante: qual o futuro do ocidente? Como a tradicional aliança transatlântica pode ser mantida? Qual a expectativa que europeus e norte-americanos tem um do outro neste início de século?

Após quinze anos da queda do muro de Berlim e do fim do mundo bipolar, um mundo em que boa parte dos leitores deste artigo vivenciou, ainda não se tem claramente o desenho da ordem e da distribuição de poder do pós-Guerra Fria. Não há dúvida que para enfrentar os desafios da política internacional do século XXI, Estados Unidos e Europa tem que encontrar uma maneira de trabalhar juntos. Independentemente das personalidades que lideraram os dois lados do Atlântico nos últimos quinze anos, há elementos estruturais que devem ser melhor compreendidos e que ajudam a explicar as diferenças e tensões entre os dois lados. O triunfo do ocidente, que ironicamente ocorreu com a queda do muro de Berlim em 9/11 de 1989, na grafia que se utiliza na Europa, foi a semente do distanciamento entre norte-americanos e europeus. O inimigo comum que mantinha a aliança intacta era o exército soviético. Quando este deixou de oferecer ameaça o cimento da aliança transatlântica sofreu as primeiras rachaduras. O 9/11 de 2001 em Nova Iorque, provocou uma crise no ocidente e fez os Estados Unidos iniciarem um processo de atuação internacional que friccionou ainda mais as relações com os europeus.

A outra causa estrutural relevante para explicar este distanciamento é a real constatação de que a Europa não é mais o palco central da política mundial depois de um período de quase quatro séculos. Na verdade, a Europa está cada vez menos dentro das preocupações centrais da agenda de Washington. Após a reeleição de George W. Bush, o quadro interno que se apresenta dos dois lados é de profunda divisão. Os Estados Unidos mostraram depois da eleição de 2004, que estão divididos internamente por diferentes percepções de valores e de política externa. Os europeus também. A velha divisão entre euro-atlanticistas, capitaneados por Tony Blair, e euro-gaullistas, capitaneados por Jacques Chirac, está mais viva do que nunca.Esta diferença tem grande importância para os Estados Unidos porque reflete na sua capacidade de lidar com os desafios do mundo contemporâneo, como por exemplo, a guerra contra o terrorismo, a modernização do Oriente Médio, a ascensão da China, as assimetrias de desenvolvimento entre norte e sul, e as mudanças climáticas. Em todos estes temas os norte-americanos precisam dos europeus como parceiros e não como inimigos. A princípio, a reeleição de Bush abriu espaço para a tendência euro-gaullista na Europa. Alguns sinais deste processo foram dados nos últimos meses. A reação de Chirac a reeleição de Bush foi uma chamada ao fortalecimento da União Européia. Além disso, uma reprovação da ação dos Estados Unidos no Iraque e uma posição diferente da ação norte-americana em relação ao desenvolvimento de tecnologia nuclear no Irã foi anunciada na Europa. A possibilidade da retirada do embargo do comércio de armas com a China também vai contra a vontade dos Estados Unidos.

A idéia de que os Estados Unidos sempre agiram sob o lema de divide et impera em relação ao mundo enfurece os europeus e fortalece as posições dos euro-gaullistas. Na verdade, esta divisão tem que ser evitada e foi isso que Bush tentou fazer na sua visita a Europa. Embora haja inúmeras diferenças de percepção e atitudes entre Estados Unidos e Europa, não há diferença de interesses. Para que isto fique claro entre os dois lados é necessário que a atual administração norte-americana anuncie de forma transparente que é a favor da União Européia, a favor de uma completa integração da Europa. Até hoje isto não ficou evidente. É necessário que os Estados Unidos anunciem seu interesse em trabalhar com a Europa Unida e não com alguns de seus membros de acordo com o momento, como foi feito com Itália, Polônia e Espanha na intervenção do Iraque. Além disso, os norte-americanos precisam ampliar a agenda. Se buscarem os europeus com o real objetivo de obter apoio nas suas ações no Iraque e em relação ao Irã precisam dizer que estão dispostos a ouvir e se adaptar as demandas européias em relação às mudanças climáticas, ao Afeganistão, à Darfur e às discussões na OMC. Aparentemente esta seria a maneira mais eficiente de aparar as arestas e partir para um caminho de ação conjunta que poderá garantir a estabilidade política mundial nos próximos anos.


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