20/09/2016
De início, vale lembrar que quando paramos de crescer nosso corpo começa a sofrer desgastes. E muitos dos acometimentos físicos se iniciam e de desenvolvem lenta e quase silenciosamente. A osteoartrose (OA), também conhecida como artrose, é um deles.
Nem todos sofrerão de osteoartrose, mas para se ter uma idéia, um artigo cientifico publicado na Revista Fisioterapia em Movimento (Curitiba, v. 26, n. 1, p. 193-202, jan./mar. 2013), cujo título é ‘Exercícios físicos e osteoartrose: uma revisão sistemática’, constata um total de outros 1.405 artigos sobre o tema, selecionados nas bases de dados mais importantes nos Estados Unidos, Inglaterra, Coreia, Japão, Alemanha, Itália e Brasil. Segundo pesquisas, a osteoartrose é uma afecção bastante comum que acomete entre 44 e 70% dos indivíduos acima de 50 anos de idade; na faixa etária acima de 75 anos, esse número eleva-se a 85%, sendo que sua incidência aumenta com a idade, peso corporal, genética e presença de outras doenças articulares.
Mas o que é a osteoartrose?
A osteoartrose (OA) é uma doença articular crônico-degenerativa que se evidencia pelo desgaste da cartilagem articular. A falta do colágeno é o fator principal na progressão da patologia e na destruição final da superfície articular. Dentre as causas mencionadas nos estudos estão os traumas, alterações metabólicas, inflamações, alterações endócrinas e defeitos congênitos. A doença pode acometer uma ou mais articulações.
De acordo com os estudos, a região de maior acometimento é o joelho, seguida do quadril e joelho juntos, depois somente os quadris, coluna vertebral e outras regiões como a mão, articulação temporomandibular e tornozelo.
Os principais sintomas são a dor, rigidez (principalmente pela manhã), crepitação óssea (como um rangido), atrofia muscular , perda da elasticidade, tendinites e sinovites, instabilidade articular (principalmente nos joelhos) e perda da função motora. Podem ainda ocorrer microfraturas, que regeneram-se sozinhas, porém, de forma excessiva ocasionam a formação de calos ósseos e, consequentemente, aumento da rigidez que compromete articulação, dando origem aos osteófitos e possíveis luxações. Na medida em que o processo se agrava, a dor surge nos pequenos esforços e até mesmo em repouso, sendo comum a queixa ao se levantar de uma cadeira, com melhora após alguns passos.
No R-X pode aparecer uma falta de contorno homogêneo nos ossos (desgaste), estreitamento do espaço entre as articulações acometidas, além da formação de “bicos de papagaio” (osteófitos).
Por isso a avaliação, diagnóstico e tratamento por um profissional é um cuidado essencial no controle da doença.
Os métodos de tratamento relatados nos estudos apontam para a eficácia da reposição do colágeno, acupuntura como método antiinflamatório e, sobretudo, fisioterapia.
Terapias complementares também têm facilitado bastante a melhora do quadro, como a psicoterapia, os florais, cromoterapia, aromoterapia e mesa lira (musicoterapia), cuidando dos aspectos psicoemocionais-energéticos do paciente.
Os métodos fisioterápicos atualmente vêm sendo utilizados tanto enquanto prevenção como tratamento. Dentre eles, os aparelhos de eletro e termoterapia (ex. Tens, Ondas Curtas, Infra Vermelho), hidroterapia, exercícios locais como alongamentos, fortalecimento muscular, manutenção e ganho do espaço articular, recuperação da função articular, reabilitação, reeducação postural global (RPG) como redução dos fatores que agravam a postura.
As principais situações que indicam o emprego de fisioterapia são: dor e rigidez articular, perda da mobilidade articular, desalinhamento articular ou uso anormal da articulação, sintomas de fraqueza muscular, fadiga, e ainda alterações da marcha e do equilíbrio.
As orientações e tratamentos devem ser específicos e individualizados para cada paciente, devendo o profissional conhecer profundamente a patologia e indicações de tratamento.
Cuide-se Bem!
Melhore sua qualidade de vida!!!