14/09/2017
Circula em nossos dias a expressão “ser descolado” – particularmente entre os mais jovens. O que está subentendido nessa expressão é muito verdadeiro e merece uma explicação mais aprofundada. Sem ter a compreensão do que envolve ser descolado, os jovens pressentem uma técnica muito antiga, usada nas escolas de caminho interior para buscar o que somos em nossa essência.
Crescemos aprendendo a nos COLAR em tudo: no que nos ensinaram desde a mais tenra idade. E nunca mais percebemos que estamos absolutamente colados, presos a palavras e principalmente a uma autoimagem construída involuntariamente. Ouvimos que somos inteligentes ou burros, feios ou bonitos, alegres ou tristes, e uma infinidade de atributos totalmente vindos de fora de cada um de nós. Será que esse personagem sou EU?
A vida é programadíssima e não foge de limites impostos; divide nosso tempo em etapas rápidas e curtas: infância, adolescência, 30/40/50/60/70 anos – e daí para a frente nos entrega à própria sorte, seja o que Deus quiser. Portanto, precisamos ser espertos, “DESCOLADOS” – e aproveitar a chance que temos de escolher como viver, ao menos, algumas dessas etapas enquanto adultos.
Todos os nossos hábitos são parte de um plano que a vida nos impõe, de continuar fazendo as mesmas coisas, enquanto a natureza é movimento continuo, é mudança. A estagnação produz a cegueira e o esclerosamento de todos os pilares em que atuamos: saúde, família, profissão, amigos etc.
Ser DESCOLADO é principalmente “Sentir-se Bem na Própria Pele”, começando por se dedicar a prestar atenção a você mesmo; e para isso precisamos recorrer a quem sabe se descolar.
Ser DESCOLADO é uma aventura que vale a pena experimentar. Experimente se descolar de suas manias, seus conceitos ultrapassados, seus gosto/não gosto. Arrisque-se nessa empreitada incrível de olhar a própria vida com um olhar novo.
O Quarto Caminho nos ensina realmente O QUE SIGNIFICA DESCOLAR.
Por Marian Bleier e Carmem Carvalho