06/03/2019
A Felicidade não é deste mundo. É de outro mundo, que podemos chamar de Celeste, de Divino, de Infinita Fonte.
Nós conhecemos a alegria, o prazer, a satisfação, o bem-estar, o entusiasmo, o encantamento, a paixão: frutos da realização de uma infinidade de desejos humanos, terrenos. Neste caso, tudo tem um motivo, depende de alguma coisa e é sempre passageiro.
Como dissemos, ficamos felizes quando nos livramos de uma doença, ganhamos um bom dinheiro, fazemos uma viagem maravilhosa, somos elogiados e aplaudidos, estamos apaixonados, casamos, temos filhos, compramos uma bela casa ou um belo carro, comemos deliciosamente em um restaurante famoso, temos um orgasmo...
Se formos examinar cada um desses desejos realizados, descobriremos que, direta ou indiretamente, estão ligados com o nosso corpo. E o corpo físico, sem sombra de dúvida, tem prazo de validade, está sujeito à decadência, é perecível.
Tudo isso é muito bom e faz parte da vida, mas não é a Felicidade. A Felicidade não depende de nada, não está presa a nada, não deseja nada, porque é livre, plena, perfeita, eterna, feliz. Porque está na Fonte, porque é a Fonte.
Você pode estar no meio de um bombardeio, sofrendo todo tipo de mazelas, e, ao mesmo tempo, encontrar-se em estado de Felicidade. Temos a possibilidade de vivenciar este verdadeiro milagre, pois a Felicidade mora dentro de cada um de nós. Sem exceção. Está lá no fundo do mais profundo de nosso SER. Quando dormimos profundamente, sem sonhos, experimentamos instantes de Felicidade, mas sem consciência.
A vida humana é uma constante busca da Felicidade em todas as coisas e criaturas, presa na fantasia do tempo e da matéria, da forma e da autoimagem. É como alguém que vive na pobreza, sem saber que possui uma fortuna no banco em seu nome.
Descrever a Felicidade é impossível, pois não existem palavras e imagens que expressem o que Ela É. Mesmo assim precisamos, de alguma maneira, revelar Sua existência e declarar que está sempre à nossa disposição, ao nosso alcance, pois é nossa verdadeira natureza. Nós é que jamais estamos puros, livres, abertos, conscientes para vivenciá-la, para mergulhar Nela, para desaparecer dentro Dela, para Ser Felicidade.
Carmem Carvalho e Marian Bleier