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Planeta Eu

Foi o amor Num banheiro público, a moça da limpeza estava passando pano no chão com desinfetante

07/01/2013



Num banheiro público, a moça da limpeza estava passando pano no chão com desinfetante. Entrou uma mulher que disse para ela: “Que cheiro bom!”. Em seguida ela continuou: “Ninguém elogia, não é? O pessoal só sabe reclamar!”

Fiquei pensando que, na verdade, ela não estava elogiando o cheiro bom... estava elogiando a si própria de não ser como os outros que só reclamam em vez de elogiar. Dessa maneira ela estava também reclamando de quem reclama.

Eu, por minha vez, estou aqui reclamando dela e me elogiando por perceber sua jogada. Me confessando, poupo você de perceber minha própria jogada. Você, claro, deve então me agradecer por estar te poupando. Eu, então, te digo obrigada por você ainda continuar lendo, mesmo eu brincando com você.

Onde você está agora? Eu estou na praia, chove aqui. O mundo não acabou no dia 21 de dezembro ou morremos todos e ainda não nos demos conta. O que está perdendo a vida, com certeza, é o mundo onde as pessoas se casam para sempre.

Estamos aqui em trinta e quatro pessoas: 16 acima dos 40 anos e 18 abaixo de 21. Espalhados pelos quartos, dormimos lado a lado, como num albergue. Na varanda do andar de cima, duas barracas instaladas. Como disse alguém: Zero por cento de conforto, cem de diversão!

São onze famílias, muitas com apenas um membro. Somente três no formato tradicional. Duas mães aqui com seus novos namorados.

Não há regras, nem vaquinha para arrecadar dinheiro. Espontaneamente alguém vai ao mercado e compra comida, outro alguém decide cozinhar naquele dia, alguns aparecem para ajudar. Um traz sorvete, o outro faz um bolo. Teve o dia da meninada cozinhar. Arrasaram! Bom, a cozinha também ficou arrasada!

No último dia do ano achei que devíamos arrumar a casa que estava uma zona. Reunimos todo mundo e explicamos que cada um deveria catar e arrumar suas coisas, de cima para baixo. Ou seja, o chão por último, e depois colaborar com os espaços comuns. A ideia era deixar a casa linda para entrar no novo ano.

Dos meninos só um, Yurim, tem intimidade com este tipo de coisa. Ele me disse: “Comunidade sem mutirão não existe!” Pois é! No quarto das meninas tinha algumas que não tem empregada em casa e por isso foram logo mandando brasa. No quarto dos meninos só empurra empurra.

O banheiro ninguém queria limpar. Fiz uma proposta para resolver o problema: “Vamos todos entrar agora no banheiro (os nove!) e ver o que há para fazer.” Todos fugiram quando eu disse isso. Aí eu entrei e fui dizendo: “Preciso de alguém para organizar as escovas de dente”. Thales se ofereceu. “Outro para limpar a banheira!” Camilo topou.

Thomas ficou com o chão. O grande problema estava identificado! Era a privada. Mil caras de nojo! Bom, ok, depois de umas baldadas que eles deram com prazer, passei pano na querida privada.

Ai, essa classe média mal acostumada! Na fila gigante do supermercado uma mulher me contou que estava trabalhando numa casa onde têm vinte e cinco pessoas. O braço dela dói de tanto lavar a louça de todos!

Gosto tanto dessa coisa de dividir o trabalho, a despesa. Quando cada um junta o seu pouquinho com o pouquinho do outro vira um montão. Temos muita força quando nos unimos.

Bom, o mundo não acabou mesmo e está muito mais populoso. Nunca esta praia que frequento esteve tão cheia. Saber viver em
comunidade e encontrar alegria nela é cada vez mais uma necessidade. Bom, estamos tendo a possibilidade de treinar por aqui.

Ontem, o Beto, brincando, perguntava em voz bem alta: “Quem foi que aqui nos reuniu?” Quer saber a resposta? É o título dessa crônica!


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Jany

Escritora e Focalizadora de Dança Circular no UlaBiná.

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