12/02/2009
Ninguém conhece e conta mais piadas do que os chamados viajantes. Aqueles representantes de empresas, que saem pelo interior do Brasil, fazendo suas visitas aos clientes e renovando seus pedidos.
Como eles passam por lugares e convivem com muita gente, é bem explicável o carroção de histórias engraçadas que eles passam a contar. Essa gente maravilhosa deixa suas famílias pra trabalhar viajando por este país grande e, pra empurrar a vida, tem que aprender histórias engraçadas e repassa-las pra adiante.
Conheci um viajante japonês que era um verdadeiro artista na arte de contar piadas e fazer imitações. Tem uma história dele que eu quero contar agora.
Um viajante, seguindo por uma estrada, tenta localizar uma pousada, pois já passava da meia noite. Sem encontrar uma casa especializada, arrisca pedir pouso numa casa de um caipira que já ia para o quinto sono.
VIAJANTE (bate na janela da casinha) – Ô de casa? O senhor poderia deixar eu dormir esta noite em sua casa? Eu pago bem. Não consigo nenhuma pensão por esta estrada.
CAIPIRA (de dentro da casa meio sonolento) – O sinhô por acaso trouxe cobertô?
VIAJANTE – Não, senhor. Não tenho cobertor comigo, não.
CAIPIRA – O sinhô por acaso trouxe lençór?
VIAJANTE – Claro que não, meu amigo. Estou viajando apenas a trabalho.
CAIPIRA – O sinhô trouxe então trabicêro?
VIAJANTE – Meu senhor. Por favor. Eu preciso de uma noite de sono e não trouxe nada disso que o senhor está falando.
CAIPIRA (na bucha) – Qué dizê que de drumí, o sinhô só trouxe os óio, né?