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Paraíso perdido Saí de Tijuana às 10 da noite para voltar aos EUA

11/05/2006



Saí de Tijuana às 10 da noite para voltar aos EUA. Saí de noite pois meu vôo era na manhã seguinte e tinha a atravessar a mais movimentada fronteira do mundo. 2 horas em fila lenta até a fronteira. E aí começou o calvário: me levaram para uma área de inspeção. Estava com um carro alugado da Avis e eles alegavam que eu estava dirigindo um carro com placas roubadas. 2 horas de pavor depois, a situação foi esclarecida e me deram autorização para entrar. Chego em San Diego às 3 da manhã, muito cansado.

Vou para Dallas e são 3 horas de vôo tranqüilo em cima de áreas desérticas com uma paisagem a perder de vista em um céu azul e claro. Paro por 2 horas em Dallas e saio para fumar. Encontro um americano de mais ou menos uns 70 anos que também estava a fumar. Criatura engraçada e interessante, o tipo de americano que esta se extinguindo velozmente. Fumou uns 5 cigarros, um atrás do outro, contando histórias da velha Califórnia e de como a sociedade americana está mudada. Um homem da época da “Terra dos Homens Livres”.

Dallas para Miami deveria ser um vôo de 2h30. Mas devido às condições horríveis em cima do Golfo, o piloto teve que fazer várias mudanças de rota e demoramos uma hora a mais, em um vôo muito mexido. Diria bem mexido. Acredito inclusive que o pouso foi feito pela aeromoça.

Com as diferenças de fuso e tudo mais, pousei às 11 da noite em Miami. até conseguir alugar um carro e sair de Miami em direção a Orlando onde iria ficar em casa de amigos, já era 1 da manhã. Fui chegar em Orlando completamente extenuado ao amanhecer.

Realmente as partes que mais gosto são a viagem e a chegada; 2 dias depois estou entediado. Orlando é uma cidade plana, prática, extremamente ordeira. Depois de uma semana no México e uma viajem cheia de adrenalina a diferença pega e as coisas do dia-a-dia em uma cidade totalmente planejada, com tudo arrumadinho e parecido me desnorteia. E devo dizer que perdi a conta de quantas vezes vim aos EUA, particularmente, à Florida. Acredito que minha visão do mundo mudou e a da nação americana também. Nos dois últimos anos em todas as viagens que fiz encontrando um sem número de pessoas de diversos países, sempre ouvi reticências sobre as atitudes do governo americano e por consegüinte de seu povo. Mas a verdade é que daqui o resto do mundo parece tão distante e tão pouco importante.

Existe pobreza aqui, mas ela nunca é vista. O que se vê são sinais exteriores de riqueza e opulência em uma escala assustadora. Fico imaginando a dependência que eles tem do petróleo hoje em dia pois a quantidade de veículos de grande porte por todas as partes circulando é enorme. Assim imagino que outros países deverão ser invadidos no futuro para que possam continuar a desfrutar deste plastificado paraíso. Uma sociedade de ar-condicionado, tudo é ar-condicionado. Na verdade tudo é condicionado. Controlado. Não é preciso mais censurar nada. Existe a auto-censura em todos os campos. Tudo funciona segundo um manual de comportamento virtual, mas ao mesmo tempo eficaz.

Li hoje que a Phillips desenvolveu um sistema para controles remotos de televisão que impede a mudança de canais durante comerciais. As pessoas serão obrigadas a assistir marketing quer queiram quer não. E pensando bem o manual virtual que eu citei tem mecanismos embutidos que fazem marketing permanentemente. Mais aterrorizante que as visões de Orwell. Voluntário e passivo para consumo interno e agressivo e opressor para consumo externo. Não existe espaço para improvisação ou criatividade ou mesmo diversidade.



Mas sinto também que a vibração que o império norte-americano transmite está em uma estranha freqüência. Uma freqüência que está permeando todo o planeta e mostra um desarranjo imenso e traumático.

Que haja tempo para mudar!


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