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Os tempos mudaram Escrevo neste espaço há quase três anos, o que muito me orgulha

06/04/2006



Escrevo neste espaço há quase três anos, o que muito me orgulha. Não tenho patrocínio ou salário para tanto. Tenho liberdade para emitir minhas opiniões sobre assuntos variados, procurando expor minhas idéias da maneira como elas aparecem.

As colunas que tratam de política e cidadania foram se avolumando pelo fato de sempre me envolver com a realidade circunstante e sentir que o caminho para melhorias passa por aí. A indignação verdadeira é freqüentemente quixotesca, mas é a maneira como eu acredito poder mexer com as lógicas pessoais e trazer criatividade e soluções. Claro que textos passionais são generalizantes em muitas ocasiões, e raramente contemplam as exceções, embora elas existam e sejam o que mantém a esperança de uma mudança para melhor.

Hoje quero falar sobre Televisão Paga e os caminhos que esse veículo tomou. Exemplificarei tratando o assunto na primeira pessoa.

Pago 133,80 reais por um serviço que engloba uma enorme variedade de canais. Mas no dia-a-dia me proporcionam pouco ou nenhum retorno. E o problema está sempre no conteúdo. Seja ele filmes, documentários, esportes, notícias ou bobagens.

Tenho algo como uns 8 canais de filmes. Raramente é possível ver um filme interessante ou relativamente novo. Imagino que o truque da operadora (sim, operadora pois só existe um dono para as duas disponíveis, e que brevemente serão uma só) seja comprar os pacotes de filmes mais baratos no mercado e repeti-los à exaustão dentro da programação, otimizando ao máximo seus próprios lucros. Grades de programação projetadas para não dar escapatória ao telespectador. Esporadicamente uma coisa boa. A HBO apresenta atualmente uma produção conjunta com produtoras brasileiras que se chama Filhos do Carnaval e reputo excelente, fazendo reparo ao som, que é péssimo, sendo uma característica permanente desse tipo de produto em nosso país. Portanto, bons programas são raros e insuficientes.

No caso dos esportes, em qualquer domingo temos algo como 20 canais transmitindo futebol e mesas-redondas sem parar, futebol brasileiro, japonês, javanês, africano, português, inglês, italiano, espanhol, de praia, de salão, de botão, de várzea. Overdose total do assunto.

Quando escapa disso, transmitem bilhar, skate, surf velho, pôquer, um pouquinho de basquete, vôlei, beisebol, asa delta e crescendo muito agora o mais emocionante dos esportes, o golfe.

O automobilismo até que melhorou um pouco, mas deixa muito a desejar. Esportes de inverno e atletismo idem.

Sobre documentários variados, alguns são muito bons, mas repetidos exaustivamente por anos a fio, sejam sobre viagens, comida, música, ciência, história, tecnologia.

O mesmo vale para os canais de seriados como Sony, Warner, FX, Fox. Repetem sem parar, sem critério, misturando tudo. O que mais assisto hoje em dia, por sua enorme capacidade anestesiante e excelente produção, são os CSI, com preferência pelo CSI Miami e CSI Las Vegas, onde com um zelo enorme, esquadrões supercompetentes, de moral republicana ilibada, procuram pêlo em casca de ovo. E acham todos. De uma beleza hilariante e previsibilidade total. Canastrice em estado puro.

Tem também o Anthony Bourdain em suas viagens culinárias pelo mundo. Totalmente antipoliticamente correto, onde além de provar os mais pitorescos, inusitados e estranhos quitutes, ele bebe quantidades industriais de todo tipo de aguardentes. E barbariza.

CNN,Fox News, Band News são profundamente irritantes, repetitivos e parciais, de maneira que se tornam insuportáveis.

Mas para aqueles que gostam de dramaturgia em todas as suas formas, nada supera os canais do Congresso Nacional e Senado. Deveriam ser assistidos pela população. Admira-me não terem pensado em algo paralelo. Colocando alguns grupos de pessoas a discutir em tempo real os pronunciamentos, atitudes e ações. Chamar um Diogo Mainardi, Fagner, Erasmo Dias, Zé Rainha, Luana Piovani, Mary Corner, Jabor. Haveria um crescimento cultural, político e social acelerado. Fora o divertimento total que isso nos proporcionaria.

Vejo uma falta de adequação e criatividade nos quadros executivos dos sistemas de televisão. Não têm criatividade, nem capacidade ou interesse em produzir qualidade, embora neste caso não custe nada mais que eles não possam arcar. É a conspiração do nivelamento por baixo e massificação burra.

Marketing, sempre o marketing supervalorizado. Cada vez ocupando mais espaço. Seja diretamente ou indiretamente. Tudo virou produto e não existe preocupação quanto à qualidade deste produto. O executivo de marketing sai de um setor alimentício e vai para tecnologia e na maioria das vezes não conhece nem um nem outro. E parece não ter a menor importância. Usam-se técnicas para vender que valem para qualquer produto, desde que o comprador seja enganado e os lucros maximizados. Não interessa mais a qualidade ou o conteúdo. Para isso funcionar é preciso que o consumidor seja o mais ignorante possível e ludibriado facilmente.

A afirmação é valida para todas as atividades do mundo moderno. O marketing é o braço armado do monopólio e das corporações.

No caso da televisão paga, estão vendendo um serviço, para assistirmos marketing. E não tem cabimento.

Enquanto isso na Granja Viana já podemos sentir os efeitos benéficos das atuações de Napolitano e Baraúna. Aos dois e às pessoas que os apóiam, meus aplausos.


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