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Carta ao presidente Lula Nas últimas eleições eu votei no senhor pela primeira e também pela última vez

09/02/2006



Nas últimas eleições eu votei no senhor pela primeira e também pela última vez. Minha escolha no primeiro turno era outra, mas também é uma pessoa que, embora seja seu ministro agora, não conta mais com minha simpatia. Portanto, por mim está descartado.
As razões do meu voto foram muitas, todas baseadas em esperança: seus discursos, suas convicções e por não suportar os 8 anos de enganação e lesa-pátria perpetrados pela turma representada pelo seu adversário.
Esperava que o país pudesse se tornar mais civilizado, mais honesto e mais correto. Mas em seu discurso inaugural, o senhor imediatamente saiu com o teatro chamado Fome Zero, quando deveria ter conclamado à Corrupção Zero. Isto, sim levaria à fome zero.
O que deveria ser implementado em termos de reforma era a imediata reforma política, repensada de forma a expurgar todos os truques canalhas que perpetuam a formação de uma classe que não pensa como gente. Como gente, digo, como humanos. Ao contrário, deixou-se correr e criaram-se mais truques ainda, como no caso das reeleições para as presidências do Congresso Nacional e do Senado. E ainda se premiou os que não puderam se reeleger, além de se premiar indiscriminadamente tudo que é companheiro petista com cargos e benesses, mesmo que fossem inadequados e ou incompetentes.
As parcerias, que mais parecem locupletações entre os poderes envolvidos e a grande mídia, embaladas em marketing caríssimo, se já eram monstruosas no governo anterior, agora são onipresentes.
O descaso ambiental assume proporções catastróficas, que demonstram claramente a falta de vontade e desconhecimento do que temos de mais precioso.
A violência não pára de crescer, assim como a migração predatória, inchando desnorteados e trêmulos centros urbanos. Privilegia-se a ocupação rural por monoculturas completamente mecanizadas em imensos latifúndios, agora com a armadilha transgênica embutida, repetindo nossa vocação histórica de 500 anos de produtores de matéria-prima barata, com total desrespeito ao ser humano brasileiro. Onde foram parar seus discursos de pequenas e médias propriedades, organizadas e protegidas, direcionadas para modalidades adequadas? Não essa palhaçada do MST, que nada mais é que massa de manobra, tão conveniente quando lhe falta assunto.
Os conglomerados de todos os tipos, especialmente as corporações bancárias, nunca ganharam tanto dinheiro como em seu governo, outra coisa que o senhor parecia intencionado a descobrir o porquê. Mas parece que evaporou. O senhor parece que se esqueceu da quantidade de taxas e cobranças indevidas que eles impingem a todos os clientes, em uma sociedade que é refém desses mesmos bancos.
O que vejo é seu governo acentuando de todas as maneiras o desconforto do cidadão comum. Os custos básicos e despesas obrigatórias não param de aumentar, a arrecadação também aumenta, sem, na verdade, criar riqueza real. A dívida externa brasileira é IMPAGÁVEL e, seguramente, em grande parte ilegítima. Por que não se faz uma auditoria séria? O senador Mercadante e o ministro Ciro falaram tanto nisso… Até esbravejavam.
A dona Dilma falava sempre que o modelo energético brasileiro era equivocado. Até começar a se vestir nas melhores lojas e assinar documentos. Daí parece que ficou acertado. E as telefônicas, para dizer o mínimo? O senhor acha certo cobrar assinatura além de uma tarifação cara? E os canais de televisão do Senado, Câmara, Judiciário e outros que tais, por que não se tornam excelentes e bem gerenciados, como contraponto a toda a estupidez reinante nesse universo? E as estradas? Pelo jeito vai ser mais pedágio. Educação? Cultura? Arte? Transportes? Nada. Só demagogia e falta de ação eficaz, competente e permanente.
Enfim, todos parecem felizes. O senhor está feliz. O Palocci também. O Meirelles, o Zé Dirceu, mesmo depois de cassado… Enfim, todas essas figuras que não saem dos jornais e televisões, muitas vezes abraçadas a gigantescos empresários nacionais e internacionais, sempre dizendo que vai tudo bem. Como dizia o índio, “Tudo bem para quem, cara pálida?”
Nos lugares onde vai tudo bem, só andando de AirBus. Mas também concordando com tudo o que era errado antes do “tudo bem”.
O mais triste é ver que mais uma vez, eu quis acreditar que era possível uma mudança. A cada dia que passa, mudanças serão mais difíceis de serem implementadas. Mais triste ainda é que o senhor e seu grupo tenham usado um discurso por mais de 20 anos para chegar ao poder e, no fim, era só discurso.
Mal posso esperar o momento em que o Senhor vai começar com aquela lenga-lenga de que 4 anos são muito pouco, que as bases estão lançadas e que o senhor precisa de outro mandato para, aí sim, fazer o que deveria ter sido feito.
Nossa nação não está melhor, ao contrário do que possam dizer os anúncios de celulares, redes globos (são todas idênticas mesmo), carros faiscantes, novelas, celebridades televisivas e a turma do oba-oba… Ela está mais pobre, mais burra e mais estratificada que nunca.
A herança maldita que o governo anterior nos deixou foi o seu governo, só possível por não terem feito o que também haviam prometido.
Nós só queríamos que o senhor realmente fosse o cidadão corajoso e determinado que nos fez pensar que fosse. Eu insisto, nós queremos que o ESTADO devolva NOSSOS DIREITOS.
Quem sabe o próximo presidente.
Nos dias de hoje, EU DUVIDO.
Saudações de um cidadão descrente e que prega a não-obrigatoriedade do voto e, para estas eleições, o voto nulo.


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