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A caminho de Tijuana Chego a Cumbica, que parece sempre algo bagunçado e amadorístico

27/04/2006



Chego a Cumbica, que parece sempre algo bagunçado e amadorístico. Depois das praxes, me dirijo ao portão de embarque. Para passar a Polícia Federal, enfrento uma enorme fila serpenteando até o saguão do aeroporto. Espera, espera até que algum iluminado chefe botou o que deve ser o agente dos agentes para examinar os passaportes. Avisaram a fila que todos deveriam abrir o passaporte na página da foto e passar mostrando. Mágica, em dois minutos estava tudo resolvido e eu pronto para embarcar. Sem carimbos ou perguntas bobas. Somente o olhar de nosso super-herói que conferia velozmente. Como deveria sempre ser.

Por motivos de custo, fiz minha viagem via EUA, pois era mais barato chegar em San Diego, alugar um carro e atravessar a fronteira para Tijuana. Em vez de qualquer outra das opções tentadas. Chega a ser estranho, um caminho mais longo, com mais variantes e assim mesmo com menor custo.

Depois de 10,30horas desembarco em Dallas, para pegar uma conexão em seguida para San Diego. O agente texano, velho e chato, procurando pêlo em ovo, me dá um visto de trânsito só para encher o saco.

Três horas depois desembarco em San Diego, alugo um ótimo carro por um ótimo preço. Neste quesito os americanos são insuperáveis. Daí a surpresa: para ir ao México com o carro tenho que pagar o seguro mexicano. Fica mais caro do que o aluguel mais todos os seguros americanos. Deve ser algum custo mexicano. Mostrando que país pobre é aquela tristeza de sempre. Se paga muito mais por muito menos.

5 minutos depois e estava cruzando a fronteira.Outra surpresa: ninguém me parou ou pediu passaporte, quando me dei conta já estava no México.

Tijuana é uma mistura de sensações como toda cidade de fronteira. Ainda mais em países em desenvolvimento. Pedaços belos e muito bem cuidados. Ao longe, os morros do lado mexicano são ocupados por populações mais pobres e do lado americano, completamente vazios.

A organização me reservou um quarto em um hotel de construção típica mexicana, muito agradável, na parte alta da cidade. Chama atenção a extrema gentileza e simpatia de qualquer pessoa com que se depare.

A tarde pude passear por uma traqüila cidade em seu fim de tarde de domingo.

Hoje, segunda-feira, fui ao local da montagem da Bienal. Um enorme, moderno e belíssimo prédio construído ao longo da avenida do Rio Tijuana. Realmente muito bonito e organizado. Pela cidade toda tem esses giantescos banners, realmente muito bem feitos e bonitos, chamando para a abertura do evento Bienal com o nome e o País de todos os participantes. Momento de prazer. Quero que assim continue.

Nesta terça-feira, acompanhado de meu grande amigo Franco Mendes Cavillo, artista de primeira grandeza, fiz um tour por Tijuana. Fomos almoçar em um restaurante típico, na parte velha da cidade, onde comi um prato famoso chamado Mole. Trata-se de uma carne acompanhada de arroz com tomate e um molho com muitos ingredientes, inclusive chocolate. Tudo isso mais uma pasta de Feijão. Estava fantástico. Depois fomos andar pelas linhas de divisa entre os países e é realmente brutal o aparato bélico destinado a não deixar entrar ninguém em seus territórios. Acompanhamos até a linha mais oeste, que chega até o oceano. Aonde pude ver onde começa a América Latina. Me disse ele que até dez anos atrás não tinha nada disso e ele fazia jogging na praia e corria até quase San Diego e voltava. Os moradores locais são bastante revoltados com esse processo. Tijuana é uma cidade muito esparramada, com quase três milhões de habitantes, estatísticas não-oficiais. Com um populacho flutuante enorme. Gente que chega para tentar atravessar a fronteira e não consegue e vai ficando, ficando. Aonde se formam esses tipos de favelas. Mas tem os bairros antigos que são espetaculares. Os bairros mais novos, com uma arquitetura premiada. Enfim, aquela coisa que nos conhecemos também. Riqueza, pobreza, ignorância e genialidade. Tudo junto. Mas tem uma estranha magia. Uma magia que vai pegando aos poucos, muito forte e bela.

Como deve ser.


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