06/04/2006
Fui um dos primeiros jogadores a ser treinado pelo Marcelo Meyer. Comecei com ele aos 16 anos e essa experiência teve a duração de duas temporadas. Era a força que eu precisava...
Eu não tinha dinheiro e ele apostou no meu potencial.
Ele foi muito humano comigo. Lembro que certa vez estava em Londres, para disputar a chave juvenil do Torneio de Wimbledon, e recebi, através de um amigo, uma carta e um livro enviados pelo Meyer e por sua filha, Tatiana. Isso pode não representar nada para muita gente, mas para mim era algo mais do que especial: era uma prova de que, mesmo estando longe, eles pensavam e apostavam em mim.
O Meyer foi um segundo pai pra mim! (pausa e silêncio:
Penetta se emociona e não contém as lágrimas). Eu choro porque me emociono quando lembro de tudo isso. Eu sou o ser humano que sou hoje devido a pessoas como o Meyer, que ajudaram muito na minha formação. Talvez pudesse ser hoje um milionário jogador de tênis, mas, ao mesmo tempo, ser alguém frustrado, amargurado. Dou dez horas de aula por dia, mas me sinto feliz e realizado.
Número 1 do Brasil nas categorias infanto-juvenis, dos 12 aos 18 anos.
É professor na Academia Paulistana de Tênis, em São Paulo.