09/09/2005
Consegui implantar, no calendário tenístico da Federação Paulista de Tênis,
o conceito de organização e marketing esportivo. Foi a minha colaboração
não apenas para o tênis paulista, mas para todos os outros estados, que também
adotaram o projeto.
No início dos meus planos para realizar torneios amadores nos moldes
dos eventos profissionais, os primeiros eventos, em 1992 e 1993, me deixaram
indignados. Nosso modelo de calendário era completamente equivocado.
Eram dezenas de competições acontecendo simultaneamente, os jogadores
se inscreviam em vários deles e, evidentemente, não conseguiam estar
em todos ao mesmo tempo. Isso porque não existia previamente o dia
exato que você iria competir.
Quando comecei a me concentrar mais na realização de eventos para
tenistas federados, senti que teria de fazer algo para mudar aquele conceito.
Conversei então com o Raul Cilento, presidente da Federação Paulista de Tênis,
e o diretor técnico, Carlos Gonçalves, sobre a necessidade de mudanças.
Dei a eles, também, a solução, ao apresentar-lhes o método utilizado na
Flórida (EUA). Um calendário preparado com um ano de antecedência, onde
o tenista poderia, com muita antecedência, escolher o torneio, sabendo o
clube, o dia e o horário de seu compromisso.
Adequamos toda a situação para a realidade brasileira, em menos de
um mês convocamos, na sede da Federação, todos os promotores de torneios
de clubes e academias do Estado de São Paulo e no ano seguinte estava
funcionando o modelo que eu trouxe para o tênis brasileiro. O processo passou
a ser mais organizado em função de um modelo que eu não inventei, em
absoluto, existe há 100 anos e é desenvolvido por uma das mais importantes
federações do mundo, que é a Florida Tennis Association. Era só uma questão
de adaptação e boa vontade para colocá-lo em prática.