16/02/2006
Uma receita paralela que rendeu algum dinheiro foi uma inovação para os tenistas brasileiros. Em 1977 e 1978, chegaram ao país as primeiras máquinas de encordoamento de raquete. Até então, isso era feito artesanalmente. Comprei do Mário Peres, que foi o primeiro técnico do Kirmayr. Ele foi um dos pioneiros no Brasil a importar esse tipo de equipamento, tinha experiência, sempre encordoou muito bem as raquetes e fazia esse trabalho para os melhores jogadores brasileiros.
Desde que nos conhecemos, a Sonia sempre foi quem cuidou da parte administrativa das quadras. Com a aquisição da máquina de encordoamento de raquetes, essa passou a ser uma nova função para ela, que aprendeu o serviço com o Mário Peres. O equipamento custava caro, a corda tinha um preço bem “salgado” e o serviço de encordoamento, evidentemente, não ficava barato.
Existia uma alternativa para que a Sonia ganhasse uma boa rotatividade da clientela. Para quebrar mais rápido a corda dos alunos e aumentar nosso faturamento, eu usava minha melhor arma, que era o saque, disparava uns “torpedos” e logicamente que após um certo tempo as cordas das raquetes não suportavam.
Essas eram as origens do meu faturamento financeiro: as receitas das aulas e locações, dos torneios que eu ainda disputava, da cachorrada e do encordoamento.