14/12/2016
Quando lemos mensagens de Natal e Ano Novo, todo nosso foco vai para o tempo que teremos pela frente e o que pretendemos fazer com ele. Nada mais adequado, já que o futuro determina todas nossas ações, certo? Mais ou menos!
Tudo aquilo que já fizemos com a nossa vida, na verdade, é o que nos vai servir de guia e inspiração para os próximos capítulos. Assim, antes que esse novo tempo nos alcance, não custa dar uma olhada com carinho para o ano vivido e observar o quão (ou se!) mais humanos e generosos nos tornamos, quanto calor distribuímos, quantos conhecimentos acumulamos e lembramos de dividir.
Sem falar em quantas pessoas fizemos mais felizes, a quem aprendemos a amar e quanto conseguimos ser amados, o quanto crescemos e avançamos em relação ao ano anterior, o que não foi feito (mas deveria), o que foi feito (mas não deveria), as perdas e danos, os ganhos e benefícios, o esforço reconhecido e o ignorado, propósitos atingidos, que sonhos viraram projetos e de quais deles tivemos que abrir mão para não negar à vida uma nova chance. Que surpresas nos fizeram mudar de planos e onde achamos a coragem necessária para empreendê-los. Uau, quantas coisas cabem num ano!!
Talvez pensar em tudo isso seja o melhor presente que podemos nos dar antes de fazermos novos planos para um novo tempo que não começa no Natal ou na passagem do ano, mas a cada dia da vida da gente. O tempo é a maior dádiva que ela nos concede, mas não é infinito. É preciso, pois, saber usá-lo.
Assim, que nunca nos falte vontade de viver mais e melhor, e que a cada ano, quando fecharmos para balanço, reconheçamos que ainda há muito trabalho a ser feito, mas que muitos passos já foram dados em direção ao melhor de nós!
Maluh Duprat é psicóloga clínica, orientadora vocacional e membro do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática (NPPI), da PUC/SP.
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