19/03/2015
Nos últimos tempos, tenho me dedicando a explorar ao incrível mundo dos vinhos sem o tão conhecido SO2, o conservante do vinho. Os que não o possuem, são chamados vinhos naturais.
O grande problema dos vinhos sem esse elemento é garantir sua conservação, pois oxidam com muito mais facilidade do que aqueles que o possuem. Outra questão é o transporte desses vinhos, pois se submetidos a um calor ao qual não estejam acostumados, eles estragam rapidamente. Mesmo útil, esse poderoso antioxidante tem conquistado ultimamente algumas inimizades, advindas de uma corrente enológica que busca vinhos 100% naturais.
A utilização do SO2 nos vinhos pode ser identificada com as palavras “Contém Sulfitos” (ou Contains Sulfites ) na maioria dos contra-rótulos das garrafas no mercado. Podemos chamar de “súlfur”, mas é muito mais conhecido por enxofre, um elemento químico da maior importância. A Bíblia já falava nele, pois é usado pelo homem desde os primórdios da civilização. E hoje, com seu uso generalizado na indústria, pode, em função do número de toneladas consumidas, revelar a saúde econômica de uma nação. É um oligoelemento, portanto essencial à manifestação de vida, e no peso total da crosta terrestre cabe-lhe meio ponto percentual!
Muitas pessoas, no entanto, além de reações alérgicas a esse elemento, podem também sentir dores de cabeça, que nada tem a ver com ressaca! Um vinho sem o SO2 certamente não causará esse problema.
Sua durabilidade não é muito grande, por isso nem sempre são facilmente encontrados nas lojas especializadas. O transporte marítimo por longo tempo também pode contribuir para sua oxidação, daí se tornarem mais raros para aquisição.
Indicação:
Bruta Bestia Teroldego 2012, R$ 92,75
Ref.: Um vinho feito em Garibaldi-RS, na Vinícola Arte da Vinha. Divino e maravilhoso! Cor violeta profundo, uma nota no aroma de muita fruta madura, evoluindo para notas minerais, belíssima persistência na boca e um corpo de aveludar qualquer paladar!
Santé aos vinhos com pequena quantidade de SO2.