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Enxergar de perto sem óculos: uma realidade bem próxima Dificuldade para assinar cheque?Enxergar os números no telefone celular?Ler revista e jornal?Enxergar a tela do computador?Se maquiar?A visão de perto piora por volta dos 40 anos de idade devido à chamada presbiopia, popularmente conhecida como vista cansada

20/05/2010



Dificuldade para assinar cheque?
Enxergar os números no telefone celular?
Ler revista e jornal?
Enxergar a tela do computador?
Se maquiar?

A visão de perto piora por volta dos 40 anos de idade devido à chamada presbiopia, popularmente conhecida como vista cansada.Tal fenômeno ocorre por perda da elasticidade do cristalino e enfraquecimento do músculo ciliar, acarretando perda da capacidade de foco aos objetos mais próximos, a acomodação.

Como mecanismo de compensação começamos a esticar os braços colocando os objetos mais distantes, até um determinado momento em que não conseguimos mais foco.

Alguns fatores parecem colaborar para o aparecimento precoce da presbiopia. Na Europa, devido ao clima temperado, esse distúrbio aparece por volta dos 45 anos, enquanto nos países sul-americanos de clima tropical, a incidência ocorre na faixa dos 40 anos, possivelmente devido à ação da radiação solar sobre a elasticidade do cristalino. Nos pacientes hipermétropes o aparecimento da presbiopia é mais precoce em relação aos pacientes míopes.


Novos tratamentos disponíveis

Apesar de ser uma condição natural e que atinge a todos, o que muitos não sabem é que já existem opções atuais para atenuar o problema, que vão de lentes mais precisas até cirurgias para corrigir a dificuldade de visão para perto adquirida com a idade.

O tratamento convencional é feito com óculos para perto. A “adição” é gradativamente maior, em média, dos 40 aos 60 anos. Podem ser monofocais, ou seja, somente para perto, ou multifocais.

Associando o conceito de tratamento ao de qualidade de vida, enxergar bem de perto sem óculos é a tendência da Oftalmologia Mundial.

O conceito de Monovisão, amplamente difundida nos Estados Unidos e países da Europa, consiste em o olho dominante enxergar bem para longe e o olho não dominante para perto. O paciente submetido à monovisão deve ser capaz de enxergar bem em todas as distâncias. Isto é conseguido pelo princípio da supressão interocular, ou seja, a imagem vinda do olho que não está em foco é suprimida no córtex cerebral.

A adaptação de lentes de contato modernas e confortáveis para correção da visão para longe e perto já é realidade Brasileira. Cerca de 90% dos pacientes se adaptam à esta nova forma de enxergar e ganham liberdade visual para longe e perto, ou seja, não precisam de óculos para perto nas situações cotidianas como ver os números no aparelho celular, preencher cheque, ler revistas ou jornais, se maquiar.

Outra alternativa é a correção através do laser, a cirurgia refrativa. Atualmente a técnica de correção é personalizada para cada paciente, tornando o resultado final muito mais preciso e seguro. O laser é programado para corrigir totalmente o grau do olho dominante para focalizar longe e parcialmente o olho não dominante, como resultado obtém-se melhor visão para perto. A pequena diferença de grau entre os olhos é, em geral, rapidamente compensada pela adaptação cerebral.

Nos pacientes portadores de catarata, a técnica mundial mais atual é a utilização de lentes multifocais intra-oculares. Catarata é definido como opacidade da lente transparente e natural, cristalino. O tratamento é a substituição desta lente opaca por outra artificial e transparente. O uso destas novas lentes multifocais proporciona recuperação da visão e liberdade visual tanto para longe quanto para perto.

Observação: essa correção da presbiopia deve ser realizada sob medida pelo oftalmologista. Óculos prontos em farmácias, ou camelôs, provêm melhora da imagem por aumento das imagens. O grande perigo é o usuário sentir que seu problema foi resolvido, fazendo com que ele adie a consulta médica, o que pode detectar problemas visuais mais graves.

Dr. Francisco Seixas Soares
Graduado pela Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.
Pós-graduação, nível Doutorado em Cirurgia de Catarata pela Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.
Título de especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia / CBO – Associação Brasileira de Medicina / AMB.
Médico Oftalmologista e diretor da Gran Clinic
Fábio Henrique Caho Casanova
Pos Graduação - nível Doutorado pela UNIFESP / Escola Paulista de Medicina
Pos Doutorado em Cirurgia Refrativa em Harvard.
Título Especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia / AMB
Médico Oftalmologista Gran Clinic


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