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Dor de cabeça? Fique atento! A dor de cabeça (cefaléia) é um sintoma muito comum: estima-se que uma a cada três pessoas apresenta cefaléia de forte intensidade em algum momento de sua vida

10/03/2010



A dor de cabeça (cefaléia) é um sintoma muito comum: estima-se que uma a cada três pessoas apresenta cefaléia de forte intensidade em algum momento de sua vida. Pode ocorrer em decorrência de uma doença em desenvolvimento, como sinusite e outras infecções respiratórias, meningites, tumores e hemorragias cerebrais, por exemplo, ou pode não ter causa estabelecida, como a enxaqueca. A melhor maneira de se diagnosticar o tipo de cefaléia é através de uma história clínica detalhada e exame físico. Os exames complementares, quando indicados, auxiliam a confirmar o diagnóstico.

É muito importante que seja realizada uma avaliação médica-neurológica quando a dor de cabeça apresentar alguma das características seguintes: início recente (sem história de dor de cabeça semelhante prévia), piora progressiva, crises diárias desde o início, dor muito intensa (insuportável ou a pior dor de cabeça da vida), ou presença de outros sintomas neurológicos (formigamento, fraqueza em um lado do corpo, tontura, sonolência excessiva, convulsão). Cada uma dessas características isoladamente em geral está relacionada a alguma doença em desenvolvimento, que deve ser prontamente investigada.

Em relação às cefaléias sem causa, como a enxaqueca (entre outras), vale ressaltar que não existe tratamento curativo até o momento, mas existe tratamento preventivo. Existem medicações que podem prevenir as crises de enxaqueca e das outras cefaléias primárias (sem causa). São medicações diferentes das utilizadas para tratar a crise de dor aguda (analgésico, antiinflamatórios) e há diversas opções e classes de drogas disponíveis, que são escolhidas de acordo com cada caso. Isso também não significa que será necessário fazer esse tipo de tratamento o resto da vida: o objetivo é controlar as crises, podendo-se suspender a medicação após um período que é variável. Pode haver necessidade desse tratamento em alguns períodos da vida ou por tempo mais prolongado, dependendo de cada caso.

Em resumo, é importante que seja feito o diagnóstico correto do tipo de dor de cabeça para que se possa orientar o melhor tratamento e a investigação que for necessária. A prevenção medicamentosa das cefaléias primárias, quando bem indicada e com acompanhamento médico correto, certamente contribui para uma qualidade de vida melhor.


Dra. Cristina G. Massant
  • Médica formada pela Universidade Federal de São Paulo- Escola Paulista de Medicina em 1999
     
  • Residência médica em Clínica Médica / Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo- Escola Paulista de Medicina
     
  • Título de Especialista pela Associação Brasileira de Neurologia
     
  • Membro Titular da Associação Brasileira de Neurologia
     


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